Já classificada para a segunda fase das Olimpíadas, a Seleção Brasileira feminina briga, agora, pela melhor campanha da primeira fase. O adversário desta terça-feira, às 15h45 (de Brasília), no estádio de Wembley, será o time da casa, a seleção britânica, que também vem de duas vitórias na competição.
O duelo definirá também a primeira colocação do grupo E, já que ambas equipes tem seis pontos. O Brasil está à frente pelo maior número de gol marcados.
Nas duas partidas que realizou, contra Camarões e Nova Zelândia, o Brasil marcou seis gols – cinco contra as africanas. A aposta da equipe é no bom desempenho do setor ofensivo, o terceiro melhor das Olimpíadas, enquanto, aliado à segurança de uma defesa que não foi vazada ainda.
Hospedadas na Vila Olímpica por conta do jogo em Londres, as meninas do Brasil reconhecem a dificuldade da partida e não se deixam deslumbrar pelo ambiente repleto de atletas internacionais dos mais variados esportes.
“Que lugar incrível! É mais impressionante do que eu imaginava. Estou muito feliz de estar aqui. Mas não vamos perder o foco, terça-feira temos um jogo muito importante, que vale o primeiro lugar do grupo”, destacou Danielli, estreante em Olimpíadas e convocada às pressas para substituir a cortada Elaine.
Jorge Barcellos, técnico do Brasil, não tem desfalques e conta com todas as 18 atletas para o confronto. A tendência é que o time titular seja o mesmo que vencer a Nova Zelândia.
O ataque brasileiro, porém, terá dura missão contra uma equipe que também não sofreu gols na competição e tem na zagueira Stephanie Hougton uma de suas melhores jogadoras. A defensora do Arsenal, inclusive, já marcou dois gols nesses Jogos Olímpicos.
Quem também tem presença garantida são a atacante Kelly Smith, poupada no último jogo, e a meio-campo Anita Asante, substituída aos 15 do segundo tempo e que assustou ao sair.
A equipe britânica, no entanto, recebeu uma má notícia na noite deste domingo. Ifeoma Dieke, defensora que joga no Vittsjo, da Suécia, sofreu ruptura de ligamento do joelho e está fora das Olimpíadas depois de ser titular nas duas primeiras partidas. Lesionada no segundo tempo da vitória sobre os Camarões, a dará lugar no elenco a Dunia Susi, da “lista de espera” britânica.
A terça-feira ficará marcada como a primeira vez que o lendário estádio de Wembley – que, reformado entre 2003 e 2007, custou 798 milhões de libras (aproximadamente R$ 2,5 bilhões) – receberá um partida de futebol feminino.
