Vinte e quatro duplas suaram no calor intenso durante o qualifying da 6ª etapa do Circuito Nacional de vôlei de Praia – o evento vai até amanhã. No meio de tantos atletas, a parceria inusitada, formada por pai e filho, se destacou das demais.
Gabriel Santiago, de 16 anos, e seu progenitor, Felício Santiago, já se acostumaram a ser o mais novo e o mais experiente em competições. “Não foi desta vez porque tem outro jogador mais velho do que eu, mas em outras oportunidades recebemos esse título”, conta o pai.
Com pontuação garantida na etapa anterior, disputada no Rio de Janeiro, a dupla entrou diretamente na segunda rodada do qualifying. O placar desfavorável de 2 sets a 0, no entanto, custou a eliminação de Gabriel e Felício.
Mesmo com o adeus precoce ao torneio, pai e filho saíram de quadra com a cabeça erguida. Gabriel, que antes de iniciar a vida nas areias se aventurava pelo tênis, desistiu das raquetes e, por influência do pai, continuou no vôlei.
“A carreira de um tenista é extremamente árdua. Os resultados são difíceis de aparecer e, às vezes, nem aparecem”, opinou o estudante.
Felício, o grande incentivador de seu pupilo, promete ajudá-lo até que ele “caminhe com as próprias pernas”.
“Ele já joga profissionalmente na seleção Sub-19 de Brasília. Enquanto puder, estarei ao seu lado nos torneios desse porte”, garantiu o funcionário público.
Agora, os dois se preparam para competir a próxima etapa, em Campinas (SP), entre os dias 31 de janeiro e 2 de fevereiro.
SEM LUXO
Diferentemente das etapas nacionais – que reúnem os melhores atletas -, nas disputas locais, as estruturas montadas para receber os atletas são mais simples. Em Brasília, os atletas competem nas quadras do Parque da Cidade. O público, no entanto, não conta com arquibancadas para assistir aos duelos.
Coordenador técnico do Circuito, Walder Mesquita, prefere a simplicidade. “Para fazer na Esplanada é tudo muito difícil e burocrárico”, garante.