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Grandes talentos passaram pela coordenação de Jerônimo Perdomo

Arquivo Geral

31/01/2014 7h21

Tadeu Schmidt começou no vôlei e mais tarde virou apresentador de televisão, Tande jogou até se aposentar, Theo está na flor da idade e tem muito o que oferecer à modalidade. Com presentes diferentes, o trio passou uma situação semelhante no iníco de suas vidas esportivas: passaram pela mão de uma lenda chamada Jerônimo Perdomo.

Um senhor de 65 anos de idade, acanhado e tímido nas palavras, quem olha jamais imagina o que ele representa para o vôlei nacional. Nas paredes do depósito dos equipamentos de treino, uma quantidade enorme de reportagens que retratam a trajetória de Jerônimo. Com orgulho ele aponta as que considera mais importantes e fala sobre o seu trabalho.

“Eu já revelei mais de cem atletas. Hoje nem faço ideia de quantos ainda estão em atividade, mas tenho muitos que jogam no exterior, principalmente no Qatar”, orgulha-se o técnico experiente.

PRECISA MELHORAR

Sentado do lado de fora da quadra, Jerônimo assistia ao treino de sua equipe infantil – 14 a 17 anos – do clube da Apcef. Atualmente mais de 80 atletas integram o clube e a idade varia entre oito e 40 anos. 

De dentro das quatro linhas, Guuilherme Kurzawa, de 15 anos, e Davi Moraes, de 16, se esforçavam par atrair a atenção do mestre. Jovens e com o objetivo único de se profissionalizar, eles criticaram a atual situação do vôlei, em Brasília. “Queria que o incentivo e o patrocínio ao esporte fosse maior. Tanto que se a gente quer crescer, tem que sair daqui”, lamentou Davi. 

Guilherme concordou com o amigo, mas disse que se for preciso permanecer sob os cuidados do técnico, ele permanece. “Se eu for convidado a ir para um clube maior, vou. Mas se o Jerônimo me mandar ficar, eu fico porque confio nele”, disse.

A equipe do Apcef quase se juntou aos oito times masculinos desta temporada da Superliga B. Por falta de verba o objetivo não foi cumprido, mas o time não ficará parado até que se abram as inscrições para a competição. “Eles vão jogar campeonatos menores até surgir outra oportunidade”, disse Sérgio Faria, presidente da Federação Brasiliense de Vôlei. 

Para dar bagagem ao elenco, Jerônimo organizou um aberto da modalidade no próprio clube. O torneio começou há duas semanas e conta com a participação de 12 equipes.

Era Leila vira um exemplo

O surgimento do Brasília/Vôlei na Superliga A pareceu mexer com as estruturas da modalidade no DF. Após a concretização do projeto idealizado pelas ex-jogadoras Leila Barros e Ricarda Lima, times de base apareceram mais do que o habitual.

Exemplo disso é o próprio time da AABB – integrante da Superliga B. Em parceria com a equipe da primeira divisão, ontem, os dois elencos se enfrentaram num jogo-treino no ginásio do Sesi, em Taguatinga. De acordo com o presidente da Federação Brasiliense de Vôlei, Sérgio Faria, o confronto informal entre os dois times serviu para selar um acordo. 

“O AABB agora vai servir como base para o Brasília/Vôlei. As meninas vão continuar a jogar a segunda divisão do campeonato, mas com o apoio da outra”, disse Farias. Apenas as reservas do time principal participaram do confronto.

No jogo inaugural do AABB – em 25 deste mês -, o técnico do Brasília/Vôlei, Sérgio Negrão, esteve presente para prestigiar as meninas. O time da segunda divisão é o que possuiu menor médio de idade. (K.M.O.)

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