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Garotas superam preconceito para disputar o Oi Vert Jam

Arquivo Geral

28/02/2012 17h40

As jovens Renata Paschini e Karen Jones serão algumas das protagonistas do Oi Vert Jam. Para se firmarem no mundo do skate, as garotas precisaram superar o preconceito dos concorrentes, dos organizadores dos campeonatos e até mesmo dos próprios familiares.

 

“Foi difícil. Tirando os amigos, a maioria achava que as meninas não sabiam andar. Eu era assídua. De vez em quando, aparecia outra garota para participar também. Os meninos diziam que íamos atrapalhar, que era mais uma para encher a pista. Aos poucos, fui conquistando o meu espaço e passei a fazer parte da galera”, contou Renatinha.

 

Antes do skate, ela chegou a flertar com o body board, mas mudou de ideia aos 14 anos e enfrentou a desconfiança da família. “Ouvi que o esporte era perigoso, que acabaria por me machucar, que era para eu escolher outra coisa. Ouvi também que o skate me prejudicaria até no trabalho. Tive que batalhar muito, tanto em casa quanto nas pistas”, recordou.

 

Aos 24 anos, a atual líder do ranking feminino (modalidade Banks) nacional será uma das participantes da 10ª edição do Oi Vert Jam, a etapa brasileira que abre Circuito Mundial da World Cup Skateboarding (WCS), entre os dias 2 e 4 de março, na Praça do Ó, Barra da Tijuca.

 

Presidente de uma associação feminina que tem como ponto central a divulgação do skate entre as mulheres, Renatinha vê o preconceito diminuir gradualmente. “A mídia tem bastante influência nisso. Está mostrando mais na TV. As meninas hoje em dia são mais ousadas, querem a todo custo superar os limites. O skate ajuda nisso”, declarou.

 

Já Karen Jones, campeã mundial de skate vertical em 2006, contou com apoio da família, já que seu pai era surfista. No entanto, antes de fazer sucesso a garota também não escapou do preconceito, especialmente por parte dos organizadores dos campeonatos.

 

“Os meninos sempre me incentivaram. Eles me deram os primeiros equipamentos, me levavam aos lugares. Senti mais preconceito por parte de organizadores de campeonatos do que dos praticantes. Sempre competi com eles sem problemas. Meus pais sempre me apoiaram e me levaram aos campeonatos com freqüência”, contou.

 

Uma das pioneiras no skate feminino no Brasil, Karen é grande incentivadora do esporte entre as meninas. “Várias skatistas me ligam, me falam que começaram a praticar por minha causa, que se inspiram em mim. Acho muito importante ter essa presença feminina no campeonato, é legal ter um modelo, coisa que eu não tive, por exemplo”, encerrou.

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