Acostumada a figurar constantemente no topo do Mundial de Construtores, a Ferrari finalizou a temporada de 2013 da Formula 1 na melancólica terceira colocação. Em 2011, o resultado foi o mesmo, mas, neste ano, a desvantagem para a campeã, Red Bull, foi de impressionantes 242 pontos. Responsável pela área técnica da escuderia italiana, Pat Fry apontou um problema no Grande Prêmio do Canadá, o sétimo da temporada, como determinante para o mau desempenho da equipe em 2013.
De acordo com o engenheiro, a calibragem do túnel de vento, tão criticada durante toda a temporada, não foi um fator que prejudicou tanto o time vermelho. “Eu não tenho certeza se podemos apontar a calibragem do túnel de vento como causa”, disse. “Acho que durante o inverno tivemos um período razoável de desenvolvimento e uma melhora sensível. As atualizações para a primeira corrida funcionaram bem, algumas peças foram melhores do que esperávamos, e entendemos isso um pouco depois”, declarou.
Para Fry, a decadência da Ferrari durante o ano começou após a verificação de um componente defeituoso em Montreal, no Canadá, pela sétima prova da temporada. Até aquela disputa, a equipe já tinha conquistado duas vitórias, ambas com Fernando Alonso (na China e Espanha). Depois do Grande Prêmio no país da América do Norte, porém, o desempenho italiano despencou consideravelmente, o time não conquistou mais nenhuma vitória nas 12 corridas restantes e teve que se contentar em terminar o ano na terceira posição do Mundial de Construtores.
“Na realidade, houve uma carenagem diferente que levamos para o Canadá, e não tínhamos certeza de como funcionaria, então nos deu alguns problemas para entendê-la. Se você perguntar em que momento nosso desenvolvimento começou a sair do controle, eu diria que foi alí”, acrescentou o engenheiro, que ainda afirmou que a Ferrari teve problemas ao corrigir o problema, pois o desenvolvimento do carro em Maranello já estava bastante adiantado e não era possível apenas parar e recomeçar a partir de Montreal.
“Quando se está desenvolvendo, se você tiver uma coisa que não está sendo 100% o que você espera, o que fazer com isso? Por causa da evolução do modelo do túnel de vento, estávamos de quatro a seis semanas na frente. Então quando você volta em alguma coisa aparecem muitos outros problemas”, decretou.
Para a próxima temporada, a Ferrari já anunciou mudanças consideráveis. Felipe Massa saiu para a Williams, e Kimi Raikkonen, campeão mundial em 2007 com a escuderia italiana, foi anunciado como companheiro de equipe de Fernando Alonso. Em 2014, as disputas começam no dia 16 de março, com o Grande Prêmio da Austrália.