"(Santhi) não possui as características sexuais de uma mulher", reporta o jornal indiano The Times. Os exames de gênero não são obrigatórios, segundo a IAAF, mas os demais atletas podem fazer a solicitação, feita por ginecologistas, endocrinologistas e psicologistas.
Após a prova, realizada no último dia 9, algumas adversárias teriam protestado contra o resultado, alegando que a indiana seria, na verdade, um homem. Em 99, algo parecido havia acontecido com a seleção feminina de futebol do país, que teve o segundo lugar revogado após a acusação semelhante feita a uma jogadora.
De acordo com o periódico, a indiana havia passado por exame semelhante nos Jogos Asiáticos de 2002, em Busan, Coréia do Sul. Na ocasião, Santhi foi apontada como mulher e a medalha conquistada, também de prata, foi mantida.
Aos 25 anos, Santhi Soundarajan havia sido declarada esportista do ano de seu país, o que rendeu algumas homenagens da cidade de Chennai e do estado de Tamil Nadu, onde reside. Segundo Manmohan Singh, chefe da comissão médica do Comitê Olímpico Indiano, o Conselho Olímpico da Ásia já foi informado do exame, mas ainda não se pronunciou. “Se o que dizem é verdade, então será um fato muito triste e extremamente desolador”, resumiu P. Nagajaran, treinador da atleta.