Menu
Mais Esportes

Envio de testes para o Canadá é questionado por Rebeca

Arquivo Geral

04/12/2007 0h00

A nadadora Rebeca Gusmão evitou polemizar com o médico Eduardo de Rose, mas admitiu ter ressalvas à decisão de enviar seus exames para análise no laboratório credenciado pela Wada no Canadá. Desde o ano passado, a atleta questiona o estabelecimento, responsável por um resultado positivo que está sendo investigado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS). O local foi o mesmo para o qual De Rose encaminhou a amostra coletada em 13 de julho deste e que acusou níveis exagerados de testosterona de origem externa.

“Meu exame poderia ter sido mandado para outros 32 laboratórios no mundo, não faz sentido mandar para o Canadá”, diz. “Se soubesse teria colocado uma observação”, disse em entrevista à ESPN Brasil.

Rebeca admitiu ter ouvido falar de interesses comuns entre o médico brasileiro e o laboratório canadense, mas preferiu não fazer especulações. “Só escuto boatos, rumores. Não posso nem comentar, só sei de meus problemas com o laboratório do Canadá”, afirmou, questionando também que seu principal algoz seja ligado à Federação Internacional de Fisiculturismo e ao combate ao doping.

Por causa do resultado do último teste, a atleta foi suspensa preventivamente pela Fina. O caso, registrado no dia de abertura dos Jogos Pan-americanos do Rio, aguarda pronunciamento da Organização Desportiva Pan-americana (Odepa), que irá avaliá-lo em sua próxima reunião da Comissão Executiva.

O teste foi realizado a pedido da Fina por recomendação de De Rose, que negou a intenção de perseguir a atleta bem como ter declarado que pegá-la no doping seria uma questão de honra. Rebeca preferiu minimizar o possível comentário. “Foi um comentário infeliz da parte dele, que é uma pessoa tão respeitada. Foi um comentário desapropriado. Não sei por que esta questão de querer me pegar”.

A análise da contraprova do exame referente a 2006, prevista para segunda-feira, foi adiada, mas Rebeca está confiante. “Minha defesa são detalhes que não posso falar agora, mas vão ser revelados logo após o julgamento”, explica, reafirmando que interesses extra-esportivos podem estar influenciando as atitudes que têm sido tomadas em relação a ela. “Vamos falar sobre estes interesses, mas é só a gente pensar: se você tem uma empresa e alguém de fora aponta falhas, o que acontece nesta empresa. Podem acontecer muitas coisas, inclusive indenização”.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado