O GP do Brasil de domingo foi o último da Fórmula 1 disputado com carros movidos por motores V8. Antes mesmo da estreia dos novos propulsores V6 turbo, o chefão Bernie Ecclestone acredita que a mudança foi um erro, já que as equipes tem realizado gastos exorbitantes em momento em que a economia mundial atravessa crise.
“Acho que a mudança nos motores foi um erro. Com os motores, é preciso mudar todo o restante do carro”, disse o dirigente máximo da categoria ao jornal espanhol Marca. “Não acredito [que eram necessárias tantas mudanças no regulamento]. O que temos está bom, todo mundo gosta. Então por que mudar?”, completa.
Segundo o britânico, a mudança tinha como objetivo atrair novos fabricantes de motor para a Fórmula 1, o que não aconteceu. Até agora, apenas a Honda confirmou o retorno como fornecedora da McLaren, somente a partir da temporada de 2015.
“Pensamos que muitos fabricantes seriam atraídos para a Fórmula 1 se tivéssemos motores menores, mas parece que ninguém vai vir. Então, para que mudar?”, indaga.
Ecclestone, porém, rechaça as críticas e garante que a Fórmula 1 não se tornará outro esporte com a alteração. “A categoria mudou de regras muitas vezes e sempre foi o mesmo esporte. Não se pode dizer isso”, conclui.