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Diretor da CBAt vê momento de mudanças e confia em pódio de Murer

Arquivo Geral

21/08/2015 11h01

Com a prova de maratona, marcada para as 20h35 (de Brasília) desta sexta-feira, começa o Mundial de Pequim. Antônio Carlos Gomes, superintendente de alto rendimento da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), vê a saltadora Fabiana Murer como principal esperança de pódio na China.

Campeã da edição de Daegu 2011 do Mundial, Fabiana Murer (4,80m) ocupa a quarta colocação do ranking mundial do salto com vara na temporada 2015, atrás da cubana Yarisley Silva, da grega Nikoleta Kyriakopoulou e da norte-americana Jennifer Suhr.

“A Fabiana, sem dúvida, é nossa grande favorita a conquistar uma medalha. O salto com vara é uma prova muito técnica, que depende de vários fatores, então é bom não arriscar muito. Mas tenho certeza que ela vai participar da briga pelo pódio”, afirmou Gomes.

Ganhadora da medalha de prata nos recentes Jogos Pan-Americanos de Toronto, Fabiana realizou a reta final de sua preparação na Suécia. Na etapa de Estocolmo da Liga de Diamante, último compromisso da atleta antes do Mundial, ficou com o bronze. A qualificação em Pequim começa às 22h30 do próximo domingo.

Gomes também tem esperanças de pódio na versão masculina da prova, já que Thiago Braz (5,92m), treinado por Vitaly Petrov, é o quarto do ranking mundial. O dirigente ainda citou o revezamento 4x100m feminino, apesar do desfalque de Ana Cláudia Lemos – em Daegu 2011, o time perdeu a medalha ao falhar na passagem do bastão.

“É claro que vamos torcer e lutar para mostrar algo legal em outras provas, mas apostamos mais nessas três”, explicou o superintendente da CBAt, lamentando a ausência de Mauro Vinícius da Silva, o Duda, bicampeão mundial indoor no salto em distância (Istambul 2012 e Sopot 2014). “É um desfalque de peso”, observou.

Após o inédito título alcançado por Fabiana Murer em Daegu 2011, o atletismo brasileiro voltou sem medalhas das Olimpíadas de Londres 2012 e do Mundial de Moscou 2013. Nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, o desempenho também ficou abaixo do esperado, com apenas um ouro.

“Se o grupo se sentisse pressionado por não ter atendido as expectativas no Pan, não poderia nem embarcar para Pequim. Sabemos que não vamos disputar muitas medalhas no Mundial, mas o atletismo brasileiro vem passando por mudanças e há momentos de ressaca nesse processo. É impossível mudar o panorama de uma hora para outra”, afirmou Gomes.

Diante das escassas chances de pódio, o superintendente de alto rendimento da CBAt sublinhou que a delegação cresceu em relação ao último Mundial, uma vez que o Brasil levou 32 atletas para Moscou e em Pequim será representado por 48 competidores. Na Rússia, o País disputou seis finais.

“Aumentamos muito o número de atletas com índice, o que é significativo. Na véspera das Olimpíadas, estamos levando um grupo que vai poder aprender, se aperfeiçoar e melhorar nossa presença em finais para em 2016 buscar a tão sonhada medalha no Rio de Janeiro”, afirmou.

 

Confira as medalhas conquistadas pelo Brasil em Mundiais:

Ouro

Fabiana Murer (salto com vara) Daegu 2011

 

Prata

José Luiz Barbosa (800m) Tóquio 1991

Claudinei Quirino da Silva (200m) Sevilha 1999

Sanderlei Claro Parrela (400m) Sevilha 1999

Vicente Lenilson, Edson Luciano, André Domingos e Cláudio Roberto Souza (4x100m) Paris 2003

Jadel Gregório (salto triplo) Osaka 2007

 

Bronze

Joaquim Cruz (800m) Finlândia 1983

José Luiz Barbosa (800m) Roma 1987

Luiz Antônio dos Santos (Maratona) Gotemburgo 1995

Claudinei Quirino da Silva (200m) Atenas 1997

Raphael de Oliveira, Claudinei Quirino, Edson Luciano e André Domingos (4x100m) Sevilha 1999

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