A Seleção Brasileira masculina de polo aquático apresentou seu novo treinador, o croata Ratko Rudic, nesta quinta-feira. O treinador é dono de seis medalhas olímpicas, uma como jogador e cinco como técnico, e foi contratado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) por indicação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
Ratko Rudic foi medalha de prata como jogador nos Jogos Olímpicos de Moscou-1980 e comandou a Iugoslávia, medalha de ouro em Los Angeles-1984 e Seul-1988, a Itália, ouro em Barcelona-1992 e Atlanta-1996, e a Croácia, campeã em Londres-2012.
“O Brasil tem uma grande cultura esportiva, em especial nos esportes coletivos. Achei a proposta do COB e da Confederação uma ótima oportunidade para desenvolver um trabalho diferenciado, que pode trazer desenvolvimento não só para a Seleção Brasileira, mas para todo o polo aquático brasileiro”, disse Rudic.
A Seleção Brasileira masculina não participa dos Jogos Olímpicos desde Los Angeles-1984, quando ficou com a 12ª colocação, em sua melhor campanha da história, e tem presença garantida no Rio de Janeiro-2016 porque o Brasil é país-sede do evento. Na Cidade Maravilhosa, o time nacional deve contar com atletas estrangeiros naturalizados para ser mais competitivo.
“Fizemos uma grande aquisição. Apesar de ser o melhor treinador de polo do mundo, o Rudic é uma pessoa muito humilde e que demonstrou muita vontade de trabalhar com a Seleção Brasileira. Não tenho dúvida de que a vinda dele vai transformar o polo aquático brasileiro”, disse o presidente da CBDA, Coaracy Nunes.
A contratação do treinador croata faz parte da estratégia do COB de qualificação das comissões técnicas nos primeiros anos do ciclo olímpico. Com Rudic, já são 39 treinadores estrangeiros trabalhando com as equipes nacionais, alguns deles contratados diretamente pela entidade nacional.
“A contratação do Rudic pelo Brasil é uma notícia que está tendo repercussão internacional. Trazer uma estrela dessa grandeza tem tudo a ver com os Jogos Olímpicos no Brasil. Esses treinadores vêm com a proposta de liderar a equipe da casa em uma edição olímpica, além de passar conhecimento aos treinadores brasileiros. No caso do polo, pode ser difícil pensar em medalha em 2016, mas temos certeza de que a capacidade do Rudic vai possibilitar um salto de qualidade incrível no polo aquático brasileiro”, avaliou o diretor executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire.