"Existe o risco de ter de fazer tudo no manual", admite a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Vicélia Florenzano. "Nossa expectativa é que saia (a autorização) até o meio da tarde, porque se não chegar hoje (quarta-feira) não haverá tempo hábil para montar tudo", preocupa-se.
A confusão começou na semana passada, quando o primeiro container chegou da Suíça com problemas na papelada. A Confederação correu atrás, pediu ajuda à Receita e à Polícia Federal para resolver o imbróglio e a situação se encaminhava para uma admissão em caráter temporário. Foi quando a CBG soube que outro container com a mesma dificuldade chegaria do Catar. "Aí, ficou complicado porque mesmo que eles tenham boa vontade isso depende da lei. Estamos tendo um apoio enorme da Receita e da Polícia, mas é uma tarefa difícil".
Os dois containers totalizam oito toneladas de equipamentos. Somente o placar de notas finais pesa cerca de 1.700kg, o material despachado inclui todo o sistema de computação, câmeras, equipamentos eletrônicos e de registro de notas. O sistema utilizado na ginástica é bastante específico, porque é possível utilizar os registros eletrônicos para retificar notas em caso de reclamação.
"É uma notícia (a retenção) para mim assustadora. Mas não é culpa do nosso país. Houve compreensão das autoridades, mas evidentemente ninguém faz milagre", comenta a presidente da CBG. Inicialmente, havia a expectativa de o material ser liberado na noite de terça-feira. Apesar do contratempo, Vicélia mantém a esperança de que tudo dê certo. "Estou confiante porque vi a boa vontade de todos".
A CBG está investindo R$ 800 mil na realização da Final da Copa. A Caixa Econômica Federal, patrocinadora da entidade, é quem mais colocou dinheiro no evento, R$ 350 mil. O Governo do Estado participa com R$ 200 mil e a Prefeitura completa os outros R$ 250 mil.