Vitor Belfort perdeu a sua chance de ostentar o cinturão dos médios do UFC quando levou um plástico chute frontal de Anderson Silva. No início da madrugada deste domingo, no ginásio do Ibirapuera, o lutador carioca impediu que Michael Bisping tivesse a mesma oportunidade ao acertar a perna na face do inglês no segundo round da principal luta do evento em São Paulo.
Segundo Dana White, presidente do UFC, Bisping seria o próximo rival de Anderson Silva (que foi ao Ibirapuera para assistir à luta) caso derrotasse Vitor Belfort. O brasileiro não é visto pelo dono da organização como um candidato a lutar novamente pelo cinturão. “A razão de eu estar aqui hoje é por Deus ser mais forte do que as circunstâncias”, ele se conformou, após a luta.
No início do combate, Bisping conheceu a “torcida típica de futebol” que esperava para a sua luta contra Belfort. A animação, contudo, demorou a se transferir das arquibancadas do Ibirapuera e entrar no octógono. Os dois lutadores se estudaram bastante nos primeiros minutos e deixaram a ação para o final do round. Pouco depois de o inglês reclamar de ter levado uma dedada no olho, o brasileiro conectou uma boa série de socos e chutes.
O começo do segundo round começou novamente estudado. Desta vez, entretanto, não houve como Bisping se recuperar dos golpes de Vitor. Após derrubar o inglês com o chute alto lateral, o brasileiro desferiu uma série de socos que obrigou o árbitro Dan Margliotta a decretar o fim do combate.
Sarafian estreia com derrota apertada
O paulistano Daniel Sarafian balbuciou uma série de insultos ao seu adversário ao entrar no ginásio do Ibirapuera para fazer a segunda principal luta da noite – e conteve as ofensas aos juízes ao sair. Em sua estreia no UFC, o lutador perdeu para o norte-americano C. B. Dollaway em decisão dividida da arbitragem. A intensidade das vaias do público para o resultado foi tamanha que o vencedor nem sequer conseguiu ser ouvido em sua entrevista coletiva.
Sarafian começou o combate com mais disposição, acertando socos no rosto de C. B. Dollaway – que devolveu ao arrancar sangue do rosto do oponente. A luta era tensa, com os dois atletas trocando provocações e levantando o público no Ibirapuera. No segundo assalto, no entanto, o norte-americano foi mais efetivo e levou o seu adversário (que tentava inovar com chutes de capoeira – sem sucesso) ao solo. O gongo salvou o brasileiro da derrota.
O terceiro e decisivo round foi bastante equilibrado, com os dois lutadores se alternando um sobre o outro. Para Dana White, presidente do UFC, não houve dúvidas em relação aos méritos de C. B Dollaway. O chefe do evento não veio ao Brasil, porém usou o Twitter para defender os juízes do combate e criticar a suposta falta de agressividade do brasileiro, patrocinado por sua organização e revelado no reality showTuf.
