O presidente do Comitê Médico da Confederação Olímpica Brasileira COB, João Grangeiro, ficou satisfeito com o mapeamento clínico e físico dos atletas pré-classificados para o Pan-americano feito pela equipe Sport Check-up. Em palestra concedida neste sábado durante o Simpósio de Medicina Esportiva, Grangeiro fez elogios ao trabalho e disse que a entidade pretende ampliar nos próximos anos as avaliações.
Neste primeiro período, cerca de 600 atletas passarão por exames e testes que revelam detalhes da fisiologia que, se analisados em conjunto, trazem à tona falhas na formação de competidores. Fora isso, as avaliações detectam problemas cardíacos, doenças e particularidades de cada esportista.
Entre os cerca de 300 atletas que já passaram pela bateria de exames, três, o que corresponde a 1%, foram parcialmente afastados por apresentarem arritmia. Porém, como é política da Sport Check-up e da Confederação, o nome de nenhum deles será divulgado.
Nabil ainda apontou que o exame cardíaco de um atleta de ponta apontou uma anormalidade que terá de ser investigada. “Um deles será internado nos próximos dias para descobrirmos qual é o problema. Foi detectada uma anormalidade que não tinha sintomas. Isso mostra a importância destes exames para evitar uma tragédia”, afirmou.
A bateria de exames clínicos, laboratoriais e físico inclui testes cardiológicos, cardio-pulmonar, eco-cardiograma e até ultra-som do abdômen, que detecta vesículas e cálculo renal. “Nunca foi feita uma avaliação tão minuciosa nos atletas de ponta do Brasil”, comemora Grangeiro.
Além da má alimentação, verificada em 15% dos atletas, o exames apontaram as seguintes problemas significativos: parasitas intestinais (6%), aumento de colesterol e triglicérides (4%) e distúrbios menstruais (2%).