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Chefe da McLaren lamenta ano ruim e já começa mudanças: "O fracasso dói"

Arquivo Geral

24/12/2013 13h15

Vinte e três anos. Durante este período, a McLaren colocou um de seus pilotos no pódio pelo menos uma vez por temporada. Em 2013, no entanto, o jejum de 1980 se repetiu. Pela primeira vez em quase 25 anos, a equipe britânica encerrou as disputas da Formula 1 sem atingir as três primeiras colocações de nenhuma das 19 provas da temporada. Para o chefe do time, Martin Whitmarsh, o mau desempenho no ano que está prestes a acabar servirá como alerta para melhores resultados em 2014.

De acordo com o dirigente, a McLaren já começou a projetar a próxima temporada e teve que tomar algumas decisões difíceis. Entre elas, mudar membros importantes da equipe. O piloto mexicano Sérgio Perez foi substituído por Kevin Magnussen, e o aerodinamicista Peter Prodromou foi contratado junto a Red Bull. Tudo isto, para fazer com que a equipe britânica volte a figurar entre as primeiras colocadas do grid no ano que vem.

“O fracasso é uma coisa dolorosa, mas algumas vezes um chute no traseiro é exatamente o que você e a organização precisam”, disse Whitmarsh à revista inglesa Autosport. “Eu sou uma pessoa otimista, então, embora não tenha gostado de 2013, olho para o futuro. Vejo que isso nos fez tomar algumas decisões que seriam difíceis no último inverno, porque achávamos que estávamos tão bem quanto os outros”, declarou.

Apesar de admitir o fracasso e ver isto como o primeiro passo para o ressurgimento da McLaren na próxima temporada, o chefão mostrou-se incomodado com tamanha decepção em 2013. Além disto, afirmou que as mudanças já teriam que ter começado a ser planejadas quando a equipe estava no topo, para evitar um descenso tão grande em um ano.

“A maioria não consegue chegar aqui e dizer que não precisamos mudar ou que fizemos um trabalho bom o bastante, porque não fizemos. Mudar nesse ambiente é muito fácil e é algo essencial em qualquer empresa, estando no topo ou não. É apenas mais difícil implementar algo quando achamos que estamos na frente”, afirmou.

Para finalizar, o dirigente foi questionado se temia por perder o emprego após o fracasso em 2013, e se esquivou. Disse que a pressão que coloca em si mesmo é muito maior que a que recebe dentro da McLaren. “Eu me preocupo até certo nível. Mas a pior pressão em mim é a que eu mesmo coloco. A verdade é que, se a roda sai do carro, a culpa é minha. Se o carro não é bom o bastante, é culpa é minha. Se o piloto comete um erro, é culpa é minha. As pessoas falam sobre pressão, mas a maior pressão é a interna”, decretou.

Em 2014, as disputas da Formula 1 começam no dia 16 de março, com o Grande Prêmio da Austrália e, diferente dos últimos três anos, não serão finalizadas no Brasil. A corrida em Interlagos será a penúltima da temporada, que chegará ao seu fim em 24 de novembro, em Abu Dhabi. Outra mudança será em relação ao número de provas: ao invés das 22 etapas previstas, serão ‘apenas’ 19, como em 2013.

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