Maquiadas e sem um pingo de suor. Ontem, no mezanino da Torre de TV, as garotas do Brasília/Vôlei se aventuraram como modelos. Assim como antecipou o Jornal de Brasília, as atletas apresentaram o esperado short-saia como adereço principal nos novos uniformes oficiais.
A capitã Paula Pequeno se mostrou muito confortável com o desafio de desfilar com os novos modelos. “Já estou acostumada, pois faço esse desfile desde os meus 14 anos. Para as meninas foi uma diversão mesmo. A gente se trocou em um quartinho minúsculo”, contou. Elas chegaram ao local do evento com duas horas de antecedência apenas para ensaiar toda a apresentação da noite.
Ao todo, foram nove uniformes desfilados. Agasalho de treino, uniforme de treino, uniforme pós-treino, de viagem, de passeio, agasalho de viagem e os três oficiais para os jogos da Superliga. Até os membros da comissão técnica entraram na onda de modelo e foram ovacionados pela plateia.
É preciso se acostumar
O brilho do evento ficou com o short-saia. As atletas não pouparam elogios, mas ainda consideram um desafio usá-lo. Na última semana, o time treinou pela primeira vez com o novo uniforme e o técnico Sérgio Negrão revelou uma situação inusitada.
“Vi muitas ajeitando a saia e foi engraçado. Mas isso é uma questão de adaptação que vai acontecer ao longo da Superliga. A gente queria isso para o ano passado, mas o tempo não nos proporcionou essa oportunidade”, explica o comandante.
As comandadas levaram tudo na brincadeira, mas confessam sentir-se bem estando bem vestidas até mesmo quando estão competindo. “Deu um ‘up’ grade em relação ao uniforme usado na temporada passada. Lógico que o nosso desempenho vale muito, mas ter um uniforme bacana ajuda demais”, opina a meio Angélica Malinverno, ex-integrante do extinto Vôlei Amil/Campinas.
Saiba mais
A ideia de acrescentar o short-saia veio no ano passado quando a ponteiro Érika sugeriu trazer a influência que teve quando atuou na Polônia.
De acordo com o técnico Sérgio, ela mostrou às outras meninas o uniforme de seu time no exterior e prontamente foi aceito.
A comissão técnica até tentou fabricar um modelo na temporada passada, mas o pouco tempo impossibilitou.
Neste ano, Brasília, Osasco e Rio do Sul foram as equipes que acrescentaram o adereço ao uniforme oficial.
Ansiedade para a estreia
A próxima terça-feira é o grande dia. Contra o São Bernardo (SP), o Brasília/Vôlei terá o primeiro desafio da Superliga Feminina para provar que realmente é uma equipe mais forte, se comparado ao elenco do ano passado.
Porém, por ser uma estreia, o técnico Sérgio confessa que o time está mais agitado do que o normal. “Vou te dizer que sinto as meninas nervosas. É o primeiro jogo em casa e vem a vontade de mostrar serviço. Estou trabalhando a melhora desse nervosismo nelas”, assegura.
Paula Pequeno, por outro lado, afirma que o sentimento que predomina é o da ansiedade. “A gente quer que comece logo”.
Temporada começa hoje com campeão
Depois de muito esperar, jogar amistosos e campeonatos estaduais chegou a hora. Hoje, o eneacampeão Rexona (RJ) e Rio do Sul (SC) se enfrentam às 21h30 na capital carioca para inaugurar a temporada 2014/2015 da Superliga Feminina de Vôlei. O nono título do elenco carioca foi conquistado em abril deste ano, porém toda a experiência do grupo não consegue afugentar a ansiedade de conquistar mais um.
Além de buscar o décimo caneco, o time carioca aproveita para despedir-se da levantadora Fofão – que assumiu ser este o seu último ano como jogadora da modalidade.
“Ela (Fofão) já decidiu isso e queremos proporcionar grandes momentos para ela. Trabalharemos muito para que essa trajetória termine com o decacampeonato”, afirma a líbero Fabi.
Para chegar lá, o time do técnico Bernardinho contratou cinco reforços. “O que queremos realmente é ver o nosso trabalho duro, de cada treino, dar esse resultado esperado. Temos uma equipe bem estruturada”, acredita o treinador.
Novidades
Este ano a competição terá duas equipes a menos. Após a retirada do patrocínio da Amil, o Campinas (SP) resolveu encerrar as suas atividades em maio deste ano.
O Barueri, que terminou em 9º lugar também saiu. Em contrapartida, o São José dos Campos será a novidade.
Outra mudança é em relação ao set. Passou de 21 pontos para retornar aos 25 pontos.
