A brasileira Simone Alves da Silva, que testou positivo para eritropoetina recombinante no ano passado, foi absolvida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da Confederação Brasileira de Atletismo (Cbat) por quatro votos a dois, mas o caso deve ser levado à Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Simone quebrou o recorde sul-americano dos 5 e 10 mil metros, porém apresentou resultado positivo em teste antidoping realizado no dia 3 de agosto de 2011, em São Paulo. Desta forma, as marcas ainda estão à espera de homologação e a atleta não pôde participar dos Jogos Pan-americanos de Guadalajara.
No julgamento da Comissão Disciplinar Nacional (CDN), realizado no último mês de janeiro, Simone alegou que sua amostra de urina foi deixada no chão durante uma entrevista, o que seria um risco de contaminação. Assim, a CDN absolveu a atleta, decisão mantida pelo STJD nesta segunda-feira, em Manaus.
Atualmente, Simone pode competir normalmente, mas o advogado Thomaz Mattos de Paiva, presidente da Agência Nacional Antidoping (ANAD), da Cbat, informou que o processo será encaminhado à Federação Internacional de Atletismo (IAAF) e, se for o caso, irá à CAS.