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Brasil e Argentina dão o exemplo nas areias do beach soccer

Arquivo Geral

16/04/2012 7h28

Ian Ferraz

ian.ferraz@jornaldebrasilia.com.br

 

Esqueçam chutes, pontapés, xingamentos e bate boca quando Brasil e Argentina se enfrentam. Pelo menos no futebol de areia, onde a rivalidade é mera diferença de camisas e o hino executado antes das partidas. Se no campo as coisas ainda costumam esquentar, na areia, a única coisa quente é o sol. No mais, o clima é de paz e um grande favoritismo da seleção brasileira: Em 55 duelos, o escrete canarinho papou 54, e os hermanos venceram uma única vez. A goleada é grande também nos gols marcados: 348 contra 111 dos nossos vizinhos.

 

Prova de que as diferenças entre os atletas diminuíram é o companheirismo entre eles nos clubes. Só no Corinthians, para citar um exemplo, a união Brasil – Argentina é grande. Mão, Fernando DDI, Anderson, Souza e André se unem à Hilaire e ao goleiro Mendoza. 

 

Para o camisa 1 do Brasil, esse laço é importante. “Eu e Hilaire somos amigos. O Mendoza é goleiro do Corinthians também, somos amigos independente de qualquer rivalidade. Mas aqui dentro temos que fazer o nosso melhor.”

 

Quem fugiu um pouco da fala tradicional e deu uma provocada foi o atacante Bruno Malias, que gosta dos argentinos, mas não deixa de defender o seu. “Fora das quadras é todo mundo muito próximo. Eu mesmo joguei no Boca Juniors ano passado no Mundialito e conheço todos que estão do lado de lá. Temos uma boa relação com eles, é um intercâmbio cultural muito bom, uma rivalidade sadia. Do lado de fora, amigos, aqui dentro cada um vai defender o seu lado. Eu não quero que minha mãe chore se for chorar vai ser a mãe dele antes”, brincou o jogador.

 

O discurso político também é adotado pelo argentino Hilaire. “Aqui a gente quer ganhar, mas lá fora nos damos muito bem. É ótimo jogar com o Mão e todos os outros brasileiros, que passam muita sabedoria para nós. São pessoas do bem”, disse o camisa 8.

 

As seleções se encontraram na Arena montada em Águas Claras para dois amistosos. No sábado, o Brasil havia atropelado a Argentina por 5 x 0, e ontem o placar chegou perto: 4 x 1. Sidney, Anderson, Souza e Mauricinho marcaram pelo Brasil. Hilaire descontou.

 

RENOVAÇÃO

O sorridente técnico Guga Zloccowick completou cinco meses à frente da seleção brasileira. Com muitos triunfos, ele acredita que a renovação do elenco está no caminho certo.

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