Menu
Mais Esportes

Brasil 1 chega a metade da sétima perna

Arquivo Geral

17/05/2006 0h00

A sétima perna da Volvo Ocean Race chegou à metade hoje, com os sete barcos que disputam a tradicional regata de volta ao mundo atingindo ou próximos de completar 1.600 das 3.200 milhas náuticas que separam Nova York (Estados Unidos) de Portsmouth (Inglaterra).

As posições estavam mantidas em relação às de ontem, de acordo com o boletim das 13h. O holandês ABN Amro One continua isolado na liderança, 90 milhas à frente do sueco Ericsson, segundo colocado, e a 151 milhas do Brasil 1, terceiro. 

Com velocidade média de 13,1 nós nas últimas 24 horas, a equipe brasileira viu a diferença em relação ao norte-americano Piratas do Caribe, quarto colocado, cair sensivelmente, passando de 44 para 12 milhas náuticas no período. Para o navegador do Brasil 1, Marcel van Triest, as condições adversas – contravento e frio – tornaram a etapa emocionante nesta primeira metade, com as mudanças de posições e o jogo tático correndo solto entre as equipes. 

“Ninguém queria ver cumpridas as temerárias previsões de fortes rajadas de ventos do leste – o que, graças a Deus, não aconteceu -, mas as condições de contravento promoveram uma regata emocionante com freqüentes mudanças de posição, enquanto táticas diferentes de rumo separavam os barcos de maneira muito rápida”, lembra Van Triest. 

Agora, bem ao meio do Atlântico Norte, uma nova situação deve alterar as condições de navegação. “As previsões para o restante da perna são de uma espécie de ‘efeito estilingue’, uma vez que os barcos, um a um, a partir do movistar, último colocado, serão empurrados por fortes ventos que vêm do oeste”, afirma Triest.

Entrevista com Torben Grael:

Qual é a atual situação do Brasil 1 na sétima perna?
Depois de quatro dias de contravento, a gente finalmente está de balão, andando de popa. É muito mais agradável. Andando bem mais rápido em relação ao objetivo e a temperatura também melhorou. Embora a água ainda esteja bastante fria, a sensação térmica é muito melhor a favor do vento. 

O Brasil 1 está numa boa posição?
As condições para o Brasil 1 agora estão ótimas, o sol e o vento estão a favor. É um outro ânimo a bordo. O barco está rendendo muito bem. 

A distância para os líderes é grande…
O ABN One e o barco sueco tiveram um pouco de vantagem até aqui. Ficaram um pouco abaixo, mais ao sul, e ganharam umas milhas. Mas a regata está bastante embolada, bem na metade e ainda pode acontecer muita coisa. 

Como tem sido o contato com a natureza nessa etapa?
Bem legal. Vimos golfinhos o tempo todo. Vários cardumes. Eles estiveram muito tempo ao lado do barco, acompanhando. Vimos também uma baleia, enorme, à frente do Brasil 1 no começo da regata. A gente tentou filmar, ela mergulhou, deixou a cauda para cima, muito bonito. Mas até a máquina ligar, não deu tempo de captar, infelizmente. A imagem foi muito bonita. E o pessoal viu um pequeno bloco de gelo hoje pela manhã. Não sei a que distância, não estava acordado. Um pequeno bloco de gelo, não muito grande. 

Tem sido interessante essa primeira experiência no Atlântico Norte para a tripulação brasileira?
O frio no começo não estava muito interessante (risos). Muito contravento, frio e nevoeiro. Perto da Nova Escócia, pegamos novamente bóias de pesca. Tivemos de cortar duas e a terceira saiu. Essa regata está bem interessante, bem disputada, e o nosso pessoal está dando duro aqui.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado