Menu
Mais Esportes

Bicampeão pan-americano troca Goiânia por Brasília e projeta mais conquistas

Arquivo Geral

23/03/2012 7h01

Clara Carvalho
clara.carvalho@jornaldebrasilia.com.br 

 
Bicampeão pan-americano de kung fu nas modalidades de apresentação tai chi chuan e espada tai chi,  Roque Neto, de 27 anos, pensava em sair de Goiânia, terra na qual foi apresentado ao esporte, há tempos. Seu sonho era se formar como bacharel em Educação Física. Até que, no ano passado, a Universidade de Brasília (UnB) criou o curso em sua grade curricular. O atleta não teve dúvidas: resolveu se mudar de vez para Brasília. “Tenho muitos amigos na cidade. Acho que agora a minha carreira como atleta pode tomar outra dimensão”, espera.

Com tantas mudanças, o também tricampeão sul-americano já foi bem recebido na capital federal e  tem apoio de uma academia e da UnB, que vão ceder os espaços para os treinos. “Brasília é muito diferente do Goiânia. Lá, apenas o futebol é valorizado pela mídia. Aqui, todas as modalidades têm um espaço. Os candangos se preocupam com o bem-estar, logo todas as modalidades são valorizadas”, opina o goiano.

O esporte de Roque exige sempre muita habilidade, concentração e equilíbrio para manter a sequência de movimentos. As competições são de altíssimo nível e, por esta razão, o goiano sempre buscou os melhores treinadores, como Thomaz Chan, filho do chinês que trouxe o esporte para o País. “Já fui duas vezes para a China. Durante as minhas imersões, tive aulas com os melhores do mundo, inclusive com os colegas de turma de meu treinador”, explica Roque.

Como o seu treinador fica muito distante, em São Paulo, Roque o encontra apenas algumas vezes por ano, o que o obriga a treinar a maior parte do tempo sozinho. “Com a mudança para Brasília, estou em um momento de adaptação. Preciso de uma espaço adequado. A minha sorte foi encontrar a Fit Park, uma academia que fica perto da minha casa e está me dando todo o apoio. Já que preciso de um treinamento diário e muito específico”, conta o atleta.

A modalidade, com suas posições e alguns movimentos bastante suaves, provoca a curiosidade dos frequentadores da academia, que não raro perguntam se o atleta goiano é praticante de ioga. “Outro dia uma menina veio e  me perguntou se eu era bailarino!”, diverte-se Roque.Novos planos
Para 2012, Roque pretende encarar novos desafios, como o próximo Pan-Americano da modalidade, que será disputado em Monterrey, no México, em julho, além de uma nova viagem para a China.   Mas suas ambições dependem de apoio e patrocínios.  “As viagens são muito caras. Não conseguimos participar de todas as competições por causa disso, mesmo tendo muito apoio”, explica Roque. 

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado