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Bernardinho credita problemas atuais com doping à falta de informação da maioria dos atletas

Arquivo Geral

25/02/2015 8h06

De bermuda e chinelos, Bernardo Rezende, o Bernardinho, apresentou-se no saguão do hotel em que está hospedado, em Taguatinga, para o jogo do Rexona/Rio de Janeiro contra o Brasília/Vôlei. 

Talvez poucas pessoas tiveram a oportunidade de vê-lo assim, principalmente por ter a imagem de durão. Mas a maneira como estava à vontade refletiu na conversa descontraída com a reportagem. 

Em 21 anos no comando da seleção feminina (1994 – 2000) e masculina (2001 até agora), Bernardinho tornou-se o maior campeão da história a modalidade, acumulando mais de trinta títulos importantes, entre eles o ouro nas Olimpíadas de Atenas (2004) e prata em Pequim (2008) e Londres (2012).

Nesses anos à frente dos principais elencos do Brasil, Bernardinho presenciou muitos momentos. Entre eles, o assunto mais comentado na atualidade por conta da polêmica do lutador brasileiro Anderson Silva – ex-campeão mundial da categoria peso médio do UFC -, o doping. 

Bernardo evita falar sobre o lutador e garante que a “imagem que fica é ruim para um atleta como ele”, mas acrescenta que muitas vezes o atleta é pego por mera falta de cuidado e informação. 

“Tudo está muito mais rígido nos dias atuais, mas a atitude de se informar mais e não usar certas substâncias deve partir do atleta. Muitas vezes ele pode usar um medicamento para dor de cabeça e não saber que ali há um elemento proibido”, afirma o comandante.

Em março de 2013, a ponteiro Natália, da equipe de Bernardinho, foi pega com prednisolona – presente em medicamentos para asma – e foi afastada por 30 dias por conta do ocorrido.

O treinador credita os poucos escândalos envolvendo os atletas que atuam no vôlei por conta das exigências do esporte. 

“No vôlei, o que decide o vencedor não são milésimos de segundo ou centímetros, como é na natação ou atletismo. Os atletas podem, sim, tomar algo para ficarem mais fortes, mas isso acontece com menor frequência. Na maioria das vezes é falta de informação mesmo”, comenta.

Treinador lança projeto


Além do jogo do Rexona contra o Brasília/Vôlei, outro objetivo da vinda do treinador que mais conquistou títulos pelo país ao DF, foi lançar a Escola de Vôlei Bernardinho, um projeto que vem desenvolvendo a algum tempo. 

Assim como a ponteiro Paula Pequeno, que também instituiu escolinhas de vôleibol para as crianças do Distrito Federal, o técnico também procura  seu espaço na capital, em mais um investimento do ícone brasileiro.

“Brasília é um celeiro. É um terreno a ser conquistado e eu fico muito feliz por ter conseguido isso. Não quero nem de longe ser concorrente da Paula, e sim ajudar a desenvolver o esporte na cidade”, explicou Bernardinho,  completando com um: “Quem sabe a gente não faça um campeonato entre as escolas?”.

O técnico pretende lançar seis unidades em Brasília. Por enquanto, só duas estão definidas. No clube da Associação Atlética do Banco de Brasília (AABR) e no Colégio Cor Jesu, na Asa Sul.

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