Nascida e criada em Brasília, a armadora Karla, assim como grandes nomes da modalidade que saíram daqui, deu os seus primeiros quiques com a bola laranja no Clube Vizinhança. Com a oportunidade de jogar em outros times e se profissionalizar, ela decidiu deixar o DF aos 15 anos. Hoje, faz parte da seleção feminina e do elenco pentacampeão paulista, o Americana. Tendo a prima, Renata Ribeiro, como organizadora do time candango, Karla terá o coração dividido no duelo entre as equipes, hoje – estreia do Brasília/CSUV-1 na Liga Feminina de Basquete (LBF).
“O time está se formando agora, fico receosa porque ainda não tem atletas de nome para disputar o campeonato com equipes que jogam há anos. Estou feliz por ver a minha prima correndo atrás das coisas e espero que tudo dê certo. O Americana é uma equipe forte e vai lutar muito pelo título”, valoriza.
Diante da atual situação do Vizinhança em angariar patrocinadores para a contratação de jogadoras de ponta, Karla se mostra preocupada com o antigo clube. “Vejo o Vizinhança em uma situação desconfortável. Montou a equipe numa correria e procura a ajuda de parceiros para melhorar ainda mais o elenco. É delicado, porque temos equipes de ponta. Fico feliz pela participação delas, mas tenho um certo receio pela imagem que elas possam transmitir no decorrer do campeonato”, esclarece a atleta.
Em constante contato com a prima, Karla, em nome desta preocupação, se juntou com Adrianinha (armadora do Sport Recife) em uma campanha feita nas redes sociais, chamando a atenção dos empresários. “Para o campeonato ser bom, precisamos de boas equipes. Queremos que eles (Vizinhança) tenham toda uma base estruturada, assim como os demais clubes têm, por isso essa preocupação toda”, explica a brasiliense.
Pensando no futuro, Karla não fecha as portas sobre a possibilidade de voltar o DF. “Se um dia eu conseguir sentar e conversar sobre isso, não vejo um motivo sequer para não voltar”, despista.
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