Disposta a sacrificar a vida acadêmica nas quadras de tênis, a brasiliense Andressa Souza aposta todas as suas fichas no esporte. Praticante da modalidade desde os 13 anos – quando assistia o pai Sérgio Souza disputar torneios amadores – ela surpreende no número de títulos e na precisão dos golpes, mesmo com pouco tempo de profissionalismo.
Antes de se tornar tenista, a brasiliense se aventurou nos passos do balé. A dança, no entanto, não é mais prioridade em sua vida – e ela parece não sentir falta.
“Gostava de ser bailarina, mas peguei uma paixão tão grande pelo tênis que queria mais e mais. Chegou uma hora em que tive que escolher e me profissionalizei. Não vivo mais sem o tênis”, lembra.
Apoio Decisivo
Patrocinada pelos pais e por Alexandre França, amigo da família e dono de uma empresa de viagens aéreas, Andressa conta com esses apoios para alcançar seus objetivos. A atleta, inclusive, não tem um plano B caso a sua jornada não dê certo.
“Já joguei e amo o esporte. Não queria isso, mas como foi uma decisão dela, acabei apoiando. Principalmente porque vejo um grande potencial nela”, gaba-se o pai coruja, que já investiu mais de R$ 100 mil em viagens, materiais e remuneração de treinadores.
Contra homens e mulheres
Andressa, de 19 anos, ocupa a 1.145 posição no ranking mundial do ITF/WTA. Ela é uma das poucas jogadoras do Distrito Federal que disputa torneios mistos por não ter uma quantidade razoável de adversárias.
“Ela conseguiu conciliar o esporte com os estudos e terminou o segundo grau. Não existe uma segunda alternativa. Ela se dedica unicamente a brilhar no tênis”, destaca a mãe Maria Vaz.
Vencedora de forma invicta do Campeonato Nacional de Incentivo Profissional (Cenip), Andressa obteve vaga na chave principal do Chalenger Internacional, disputado em Brasília, em outubro do ano passado.
Evolução veio com o técnico
Enquanto os pais de Andressa falavam sobre a trajetória da filha, o treinador Fabiano Carvalho fazia um trabalho com a atleta na quadra.
A fim de especializar na modalidade, Fabiano deixou o País há dez anos para estudar e aprimorar a parte técnica.
Com propriedade, ele comenta os avanços de sua aluna nos cinco meses em que estão juntos. “Nem se compara com o passado. Fiz muitas mudanças na técnica, pois ela tinha alguns vícios adquiridos no passado. Jogava muito bem, mas não tinha domínio. Hoje, a Andressa está melhor uns 200%”, compara o orgulhoso treinador.
Prova disso é o primeiro lugar na Copa das Federações por equipes, conquistado no último fim de semana, em disputa no Clube do Exército.
Andressa e outras três atletas (Gabriela Alves, Lara Soares e Rebeca Medeiros) superaram a equipe de São Paulo (Sophia Chow e Amanda Silva) na decisão do torneio.