Uma das decepções durante os testes coletivos, tanto em Jerez de la Frontera, como em Barcelona, na Espanha, foi o desempenho da Ferrari, que apresentou diversos problemas com o F2012, carro projetado para a atual temporada. Apesar dos rumores e da desconfiança que cerca o novo carro, Fernando Alonso minimizou os problemas.
O espanhol afirmou que ainda é cedo para tirar conclusões sobre a capacidade do F2012 e ressaltou que os problemas de aderência devem ser corrigidos, sem prejuízo para o campeonato, que começa no dia 18 de março, em Melbourne, na Austrália.
“A verdade é que não podemos tirar nenhuma conclusão”, começou Alonso em entrevista ao site espanhol AS. “Estamos trabalhando em 200%. O que mais está custando é conseguir a aderência perdida na traseira do carro com a proibição dos difusores aquecidos, mas creio que a recuperaremos em breve”, contou.
A postura de esperar a primeira corrida para fazer avaliações vem sendo adotada pela maioria dos pilotos, que evitam traçar metas para não gerar polêmicas e criar expectativas. No entanto, Fernando Alonso foi mais longe e disse ter de esperar até pelo menos a terceira corrida para finalmente analisar a performance do carro.
“A Austrália é uma corrida estranha porque se corre muito na defensiva, é diferente. Começaremos a ver as coisas a partir da terceira corrida”, afirmou o piloto espanhol. “Seria importante, mas se não pudermos ganhar, que ninguém o faça nas primeiras três ou quatro provas”, completou, torcendo para não haver um mesmo vencedor.
Sobre os rumores na imprensa de que o carro vermelho deste ano não seria tão rápido quanto o esperado, Alonso afastou os boatos. “Há certa tendência a pensar, principalmente por alguma razão midiática obscura, que o carro é ruim e não o entendemos”, disse. “Nós estamos muito calmos porque o carro é muito complexo e tudo vai muito devagar, mas não há nenhuma razão para pensar que não é rápido” garantiu.