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Aos 40, Scheidt reduz treinos e torneios para seguir competitivo

Arquivo Geral

12/12/2013 12h15

O brasileiro Robert Scheidt retornou à classe Laser de vela depois de oito temporadas seguidas competindo na Star e, aos 40 anos de idade, conquistou o Campeonato Mundial, em que competiu com atletas mais jovens. Para seguir com condições de desafiar os rivais na nova categoria, mais exigente fisicamente, o paulista mudou a rotina, reduzindo a carga de treino e de competições.

Scheidt conquistou o Mundial de Laser pela décima vez na carreira, em Omã, em novembro, chegando a 13 títulos neste tipo de competição, já que também venceu três vezes o torneio na classe Star. O número é um recorde entre as categorias olímpicas de vela.

“Atualmente preciso tentar dosar bem minhas energias, atingir meu auge quando realmente interessa, em Mundiais ou no evento-teste da raia olímpica do ano que vem, por exemplo”, explicou o paulista, que volta a competir já em janeiro para a Copa Brasil de vela. “Vou participar e tentar ganhar, mas dificilmente estarei na mesma forma do que em Omã”, completou.

A estratégia de se poupar para os momentos importantes da temporada afeta a rotina diária de Scheidt. Morando na Itália, ele faz um trabalho de prevenção de lesões com exercícios indicados por um médico do Comitê Olímpico Brasileiro com séries de alongamentos antes e depois dos treinamentos.

Quando vai para a água com o barco, o brasileiro também faz um trabalho diferente do que estava acostumado. Ele diminuiu o número de horas do treino e passou a realizar exercícios para fundamentos específicos, tentando diminuir o desgaste físico proporcionado pela classe Laser.

“A primeira coisa é treinar com mais qualidade e menos quantidade. Não treino mais 4 horas, agora são 2 horas mais ou menos. Antes de ir para a água, já penso o que vou fazer, preciso decidir o que pode me fazer velejar melhor”, afirmou o brasileiro, que após o Mundial em Omã ainda disputou uma competição da Star, nas Bahamas, antes de finalmente entrar em férias.

No próximo ano, Scheidt já tem um calendário de competições programado, mas possivelmente ainda retirará alguns eventos. Participando de menos torneios do que a maioria dos adversários, ele pode ter dificuldades para ficar entre os 20 melhores do ranking mundial, condição para entrar na lista de beneficiados do Bolsa Pódio, programa do governo federal de incentivo aos atletas de elite.

“Não vou correr atrás de ranking, para mim hoje o mais importante é estar saudável. Ano que vem pode ser que eu fique entre os 20, mesmo com menos competições, aí seria ótimo ter ajuda do programa. Mas não vou mudar minha rotina para isso”, disse o atleta.

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