Petronilo Oliveira
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A partir de hoje, o Distrito Federal recebe atletas de dez estados diferentes para o 29º Aberto de Golfe de Brasília. Terceiro colocado em 2011, o piauiense radicado na capital da República desde 1976, Walter Nunes de Sousa busca a redenção. Mais confiante e preparado, ele mostra-se bastante empolgado com a competição.
“Já posso dizer que sou de Brasília. E, como o torneio é o primeiro que vale para o ranking, espero dar essa alegria a quem estiver lá no Clube do Golfe”, sonha Walter.
De forma inusitada, o atleta virou golfista. Antes, Walter Nunes de Sousa era um ‘simples’ Cad ou Caddie. Ou seja, tinha a função de auxiliar dos golfistas, carregando os tacos dos profissionais. Desde 1982, ele trabalha no Clube de Golfe. Porém, sua vida mudou mesmo foi em 2008. “Jogamos um campeonato, representando o Distrito Federal. O torneio era apenas para a Região Centro-Oeste. Fiz parte da equipe, me destaquei e passei a ser um golfista patrocinado pelo Clube do Golfe. Minha vida mudou bastante”, recorda-se.
Isso porque o golfe é um esporte elitista. Para se ter uma ideia, para conseguir o título de sócio do Clube do Golfe, é necessário desembolsar R$ 12 mil. E ainda tem que pagar mensalidade de R$ 600 para manter o ‘palco’ do espetáculo um verdadeiro tapete. “Hoje pelo que sei são sócios. O preço é salgado mesmo, mas a estrutura é excelente”, declara.
Derrota e revanche
Em 2011, Walter ficou em terceiro, mas elogiou o campeão do Aberto de Brasília. O gaúcho Felipe Lessa, mais conhecido no esporte, como Torito, foi o campeão. O ‘candango’ garante não ter ficado chateado. “O cara estava iluminado. Era o dia dele mesmo. A única coisa que fiz foi parabenizá-lo. Ele deu uma tacada de 70 jardas. Uma coisa muito difícil. Então, só pude dizer uma coisa. O Torito estava de parabéns”, reconhece.