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A 13 dias de se apresentar à Sauber, Nars conversa com o JBr

Arquivo Geral

04/12/2014 8h44

Acelerado devido aos numerosos compromissos herdados desde o acerto com a Sauber para guiar o monoposto em 2015, Felipe Nasr chegou à capital na última sexta-feira, onde tem encarado uma agenda agitada. Pronto para disputar as Seis Horas de Kart, no próximo sábado, o piloto de 22 anos “estacionou” no Autódromo Nelson Piquet e conversou com o Jornal de Brasília. A maturidade aos 22 anos está estampada desde a vestimenta, ao apresentar-se num belo blazer – incomum ao usual macacão dos pilotos -, até a boa educação. Novo brasileiro a ocupar a desejada vaga na F-1, Nasr admitiu ainda viver a euforia da realização do sonho, que começará a se tornar realidade no próximo dia 16, quando embarca para conhecer a escuderia suíça. Além isso, traçou os primeiros planos para a temporada. 

Depois do vice-campeonato na GP2 e a experiência como piloto de testes na Williams, como acha que será a sua adaptação à Sauber como titular?

A experiência que adquiri foi incrível. E, por mais que esteja ambientado aos carros, a adaptação de fato vem aos poucos.
 
Neste período você conheceu duas equipes da F-1: Williams e Sauber. A estrutura das escuderias é muito diferente?

Não posso falar muito sobre a Sauber, pois a irei conhecer de fato agora dia 16 de dezembro. Mas pelo pouco que conheci das pessoas dá para ver que são sensacionais.
 
A Sauber não foi bem na temporada 2014. Você acha que a escuderia tem força suficiente para se recuperar em 2015?

Realmente a equipe enfrentou algumas dificuldades, e sei também que não é uma escuderia de pole position. Mas farei de tudo para colocá-la no melhor lugar.
 
Alguns brasileiros que passaram recentemente pela F-1 ficaram apenas uma ou duas temporadas. O Brasil pode contar com o Nasr por mais tempo na F-1?

O meu contrato com a Sauber é de dois anos. Depois disso eu vou analisar e ver se compensa continuar.
 
Após a morte de Ayrton Senna, os brasileiros passaram a sofrer uma pressão enorme. O que pretende fazer para esta cobrança não te atrapalhar?

Um outro Senna acho bem difícil eu ser. Mas, já que consegui realizar o maior sonho da minha vida chegando à Fórmula 1, tentarei escrever a minha história seguindo o caminho mais vitorioso possível.
 
Quem vai ser o seu braço forte? 

Creio que a minha equipe inteira. São pessoas muito íntegras e que estarão ali para me ajudar.
 
Joseph Leberer foi o preparador físico do Ayrton Senna. Na Sauber, o próprio Leberer estará contigo. Isso te anima?

Com certeza. O tempo que tive com ele foi muito pouco e não tivemos como conversar mais, mas oportunidades não faltarão.
 
Qual foi sua primeira atitude ao saber que estava confirmado como piloto titular da Sauber?

Ah… Óbvio que fiquei mais do que feliz e comemorei com um tio que estava comigo. Liguei para a minha família e, no dia seguinte, todos eles estavam comigo em São Paulo.
 
Embora você tenha uma trajetória de sucesso nas categorias preparatórias para a F-1, há quem diga que você comprou a vaga. Como você tem lidado com essa situação?

O Banco do Brasil me patrocina há três anos. Os números da minha carreira e da minha trajetória estão aí para todos verem. Não me incomodo com isso.
 
Você saiu de Brasília aos 16 anos. Foi morar no exterior, cresceu na modalidade e hoje ocupa uma vaga desejada por milhões. Como está a cabeça do Felipe Nasr?

Sempre fui muito centrado e tenho uma família que me ajuda em todos os sentidos. Estou eufórico, claro, mas sei das responsabilidades que terei daqui para frente sendo mais um brasileiro a representar o meu País na F-1.
 
O autódromo de Brasília está passando por uma breve reforma. O asfalto está sendo retirado e outras mudanças também virão. Por ser um “piolho da casa”, como você vê estas melhorias?

Esse espaço é maravilhoso e estava passando da hora de recebermos uma reforma. Espero que ela seja concluída, pois Brasília merece receber qualquer prova de velocidade que houver.
 
Pedro Piquet é mais uma promessa do automobilismo. A relação de vocês é tranquila?

Ele é um menino muito centrado e sabe o que quer. Com a minha ida para a Europa fica difícil trocar muitas experiências, mas o pequeno tem muito futuro na categoria. Merece brilhar.

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