Se o Corinthians foge do “tapetinho da soberba”, como definiu o técnico Tite, o Boca Juniors procura ganhar confiança. Enquanto o atual campeão sul-americano descarta ter favoritismo, os argentinos se apoiam na história para superar o mau momento e triunfar nas oitavas de final da Copa Libertadores.
“Nós temos seis Libertadores. O Corinthians tem uma, conquistada no ano passado. Amanhã (quarta-feira), somos mandantes e somos favoritos. São 11 contra 11. Tenho certeza que nenhuma das outras 15 equipes que se classificaram queriam pegar o Boca”, afirmou o ídolo e jogador mais famoso do elenco, Juan Román Riquelme.
O meio-campista lembrou que sua equipe teve chance de vencer o Timão na Bombonera, no ano passado, mas levou o empate no final e ainda acertou uma bola na trave nos acréscimos. Na partida de volta, no Pacaembu, não conseguiu repetir o bom nível de jogo e foi superado por 2 a 0.
“Enfrentaremos uma grande equipe, com grandes jogadores, mas somos Boca. E a Libertadores é especial para o Boca”, acrescentou Riquelme, antes de apontar uma diferença importante em relação a 2012. “Temos o melhor técnico de todos. Jogamos quatro Libertadores com ele e sempre chegamos à final.”
O craque argentino ainda afirmou que foi injusta a conquista sem derrota do Corinthians na última edição da principal competição sul-americana. Foi demais para Fábio Santos, que se controlou e evitou dar a resposta que chegou a formular.
“Concordo”, disse o lateral, depois de respirar por alguns segundos. “Eles têm mais história do que a gente na Libertadores, mas conquistamos o título do ano passado e seguimos trabalhando. Vou embora porque está dando vontade de falar mais coisa”, sorriu, partindo para o quarto onde está hospedado em Buenos Aires.