O zagueiro Neguette saiu de campo feliz pela vaga na próxima fase, mas reclamando de um puxão de orelha. O jogador teve atuação impecável rebatendo as bolas cruzadas pelo Cobreloa e não deu motivos para o técnico Zetti reclamar. Quem não gostou do trabalho do paranista em campo foram os atacantes do time chileno, que pouco espaço tiveram na partida disputada na Vila Capanema, nesta quarta-feira.
“O Cobreloa armou uma estratégia de nos deixar nervosos. Os atacantes puxaram minha orelha, xingaram a mãe e até minha terceira geração. Tivemos de agüentar tudo isso para passar para a fase de grupos”, disse Neguette, bastante tranqüilo após o empate por 1 x 1.
A catimba dos adversários era e continuará sendo uma das maiores preocupações do técnico Zetti para esta competição. Ele e os membros da comissão técnica prometem atuar também como psicólogos neste primeiro semestre.
“A estabilidade emocional vai ser muito importante nesses jogos de Libertadores. Vejo este time indo longe se continuarmos mostrando simplicidade e garra”, disse o treinador.
Apesar de confiante, o técnico do Tricolor de Curitiba sabe que vai encontrar dificuldades no Grupo 5 da Libertadores. Flamengo-BRA, Real Potosi-BOL e Maracaibo-VEN serão os adversários do time da Vila Capanema.
“No papel, parece fácil dizer que Flamengo e Paraná vão passar para a próxima fase. Porém, em Potosi, teremos quase quatro mil metros de altitude. É o dobro de dificuldade que encontramos em Calama. Meu trabalho é ser melhor que esses dois clubes. É que vou passar para meus jogadores”, analisou Zetti.