Sem clube, o meia Carlos Alberto terá que esperar mais seis dias para descobrir se será suspenso ou não por doping. No julgamento desta sexta, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, o relator Miguel Cançado pediu que a decisão fosse adiada para a próxima quinta. Ele alegou que era necessário mais tempo para que os auditores estudassem o caso.
Carlos Alberto foi pego no exame antidoping no dia 2 de março, após o clássico entre Fluminense e Vasco, quando atuava pelo Cruz-maltino. A amostra do atleta apontou o uso das substâncias hidroclorotiazida e carboxi-tamoxifeno, ambas proibidas. A defesa do jogador alegou que houve erro na manipulação de um remédio adquirido por ele em um laboratório. Dessa maneira, conseguiu a absolvição dele em instâncias inferiores.
Nesta sexta, sem a presença do próprio Carlos Alberto, o advogado Guilherme Resende insistiu na mesma tese. Além disso, afirmou que não crê que o atleta seja condenado aos dois anos máximos de pena, por ser réu primário.
Já o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, criticou duramente Carlos Alberto e pediu a condenação. A advogada de defesa que deixou o caso na semana passada, Luciana Lopes, é filha de Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro.
“Este caso tem o chamado ‘departamento de forças ocultas’. Não posso concordar com a forma como esse processo foi levado a julgamento, o que gera a desconfiança de porque o encaminhamento para esta casa [STJD] demorou. Achei até que não haveria esse encaminhamento”, disse, acusando o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, responsável pelo julgamento anterior do jogador, de prejudicar o andamento do processo.
Carlos Alberto deixou o Vasco no final de julho deste ano, depois de defender a equipe por mais de quatro temporadas. O Fluminense, clube onde o meia começou a carreira, estaria próximo de contratá-lo, aguardando apenas o resultado do julgamento.