Depois de levar uma sonora goleada de 7 x 2 para o Vitória (BA) em pleno Parque Antártica em um jogo válido pela Copa do Brasil de 2003, o técnico Jair Picerni, já sem acreditar no milagre da classificação, mudou radicalmente a escalação do Palmeiras e lançou, na Bahia, jovens como Vágner Love e Diego Souza. Resultado: venceu por 3 x 1 e recuperou a confiança, que levou o time a conquistar a Série B no mesmo ano.
Três anos depois, e novamente após levar uma surra diante de seus torcedores (4 x 1 diante do Inter), Picerni repete a receita e monta o time do Palmeiras com valores não tão desconhecidos com Vágner e Diego na época, mas pouco aproveitados por ele desde que retornou ao Parque Antártica.
“Em 2003 o Palmeiras começou a mudar comigo, pois lancei o Diego Souza, Vágner, Edmílson (hoje no Albirex Nigata, do Japão) e o Glauber (zagueiro que está na Alemanha). Temos que dar oportunidade aos que jogaram pouco, pois a solução pode estar aí”, explicou Jair, deixando claro que deve optar pelo time do coletivo desta quarta no jogo contra o Fluminense.
Picerni elogiou a dupla de volantes criadas na casa (Francis e Wendel) e também dois laterais que avalia como promissores (Amaral e Michael). O quinto jovem valor que será observado será Thiago Gomes, que chegou a ter boa seqüência com Marcelo Vilar e até hoje é citado como o melhor tecnicamente do grupo alviverde.
“A duplinha de volantes vinha com uma seqüência legal e vou escalá-los. O Michael, o Amaral e o Thiago também jogaram pouco e o Marcinho teve muitas lesões. Vamos ver se dá para terminar bem o ano”, torceu.
O técnico avisou também que fará uma integração com as categorias de base do clube, à procura de novos talentos. “Vai haver uma aproximação maior, sem dúvida, pois já montamos grupos fortes por causa da base”.