Quando começou o Campeonato Brasileiro, o objetivo do Atlético-MG na competição era claro: obter uma vaga na Taça Libertadores. Passadas 18 rodadas, a missão está próxima de ser cumprida, afinal, o Galo tem 26 pontos, apenas um atrás do maior rival, o Cruzeiro, atual quarto colocado. Entretanto, a impressão transmitida à massa é pouco animadora. Falta uma atuação convincente e o técnico Émerson Leão sabe disso. Por isso, todo erro será castigado no duelo desta quarta-feira, contra o Goiás, às 21h45, no Serra Dourada.
Há três jogos no comando do Alvinegro, Leão sabe que o desempenho não anima. Foram duas vitórias, mas uma derrota para o Santos,
“O time precisa ter a cara do Atlético, que é uma cara que parece um pouco com a minha, que é não levar nada para casa, de não afinar, de lutar até o fim, de reconhecer o favoritismo, mas nem por isso ficar com medo do adversário. Tanto é que saímos duas vezes e ganhamos as duas”, destacou o treinador, confiante.
Confiança essa que Leão usa para tentar interromper um jejum de seis partidas sem vitórias sobre o Goiás. E sua cobrança se espelha nas mudanças que realiza no time titular. Se antes, tanto na era Levir Culpi e até com Zetti, a manutenção de uma base era a receita para as vitórias, agora o treinador faz questão de promover um rodízio nos 11 iniciais. “O Serra Dourada é um campo grande, aberto, com uma grama boa para se tocar uma bola em alta velocidade. Temos jogadores para isso”, definiu o treinador, justificando algumas de suas escolhas nos treinos.
Lúcio deve ganhar a vaga da zebra Tchô, que começou jogando na vitória de 2 x 1 sobre o Juventude, em Caxias do Sul, mas não agradou. É a mesma situação de Paulo Henrique, provável sacado após o período de elogios de Leão. Vanderlei deve retomar sua camisa nove.
A outra alteração foi provocada pela suspensão do zagueiro Leandro Almeida. Seu reserva imediato, Vinícius, levou o terceiro amarelo e também cumpre gancho. A solução é Rancharia, contratado junto ao Democrata-GV e até então presença constante na lista de dispensáveis.
Pelo lado do Goiás, a importância do jogo faz o técnico Paulo Bonamigo prever dificuldades. Nas últimas partidas, o Esmeraldino enfrentou problemas com jogadores expulsos e o equilíbrio é a arma usada pelo treinador para surpreender o Galo. “Infelizmente, quando estamos jogando melhor, sempre ficamos com um a menos. Temos de ter mais controle emocional”, definiu.
O desfalque da vez é o zagueiro Amaral, expulso na derrota de 1 x 0 para o Corinthians, no último sábado. Como Paulo Henrique continua entregue ao departamento médico, a solução de Bonamigo será a entrada de Ernando. A novidade pode aparecer na ala esquerda, onde o recém-contratado Chiquinho planeja fazer a sua estréia oficial com a camisa do Verdão do Planalto.
FICHA TÉCNICA
GOIÁS x ATLÉTICO-MG
Local: Serra Dourada, em Goiânia (GO)
Data: 08 de agosto de 2007, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo (Fifa-SC)
Assistentes: Alcides Zawaski Pazetto e Carlos Berkenbrock (ambos de SC)
GOIÁS: Harlei; Ernando, Leonardo e André Leone; Fábio Bahia, Cléber Gaúcho, Paulo Baier, Élson e Diego (Chiquinho); Fabiano Oliveira e Felipe
Técnico: Paulo Bonamigo
ATLÉTICO-MG: Edson; Coelho, Rancharia, Marcos e Thiago Feltri; Xaves, Bilu, Marcinho, Danilinho e Tchô (Lúcio); Paulo Henrique (Vanderlei)
Técnico: Émerson Leão