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Futebol

Com Paralimpíada de 2020 na mira, mesatenista brasiliense disputará Parapan-Americanos na Costa Rica

Arquivo Geral

03/11/2017 20h31

Foto: John Stan

Pedro Marra
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O mesatenista brasiliense Aloísio Lima irá disputar o segundo Jogos Parapan-Americanos da carreira, na categoria classe I – voltada para cadeirantes -, que acontecerá na Costa Rica. O evento começa no dia 29 de novembro e vai até 4 de dezembro. Lima, que conta com apoio de um novo treinador há oito meses, está com foco no futuro, mas se depender do retrospecto do atleta, o pódio terá a bandeira do Distrito Federal.

A medalha de ouro no Parapan de Toronto, em 2015, e o bronze na disputa por equipes nas Paralimpíadas do Rio, em 2016, foram as grandes conquistas internacionais de Aloísio, que é heptacampeão brasileiro. “O nosso foco é a Paralimpíada de 2020, em Tóquio, e vamos aproveitar este Parapan-Americanos da Costa Rica como uma preparação para isso. Estamos fazendo um trabalho a longo prazo, com o objetivo de chegar forte no torneio do Japão. Eu vejo uma boa perspectiva para conquistar a vaga para disputar a competição”, explica o atleta.

Para o evento sul-americano, ele reconhece que terá de usar a estratégia utilizada mundialmente com a troca de bolas para ir longe no torneio. “Os atletas estrangeiros estão com a filosofia clara de muita trocação. Eu tenho uma jogada clássica, que a gente chama de balão (quando a bola vai alta) para administrar melhor o jogo. Mas estou dando ênfase para o padrão mundial, que deve dar sucesso”, acredita.

Em 2003, Aloísio tinha 29 anos quando caiu de uma altura de 60 metros enquanto praticava rapel e fraturou uma vértebra do pescoço, que o deixou paralítico. Ele conheceu o tênis de mesa por meio de um trabalho de reabilitação no Centro de Treinamento de Educação Física Especial (Cetefe) e, desde então, não deixa o condicionamento de lado.

“Me adaptei muito bem, mas não esperava seguir carreira. Me chamaram para jogar um torneio em Goiânia e ganhei. Mas aprendi que você conquista uma medalha e coloca ela no peito e no mês seguinte ela já não tem tanta importância. Então procuro sempre estar em treinamento”, comenta ele.

Cuidado necessário

Os treinos são periodizados três vezes por semana (segunda, quarta e sexta), na Associação Geral dos Servidores da Polícia Civil do Distrito Federal (Agepol), além de dois dias destinados para a prática de badminton, para manter o ritmo de jogo. O seu novo treinador, Marildo Santos, comemora a parceria com o mesatenista. “Quando eu trabalho com pessoas que tenham deficiência física, eu adoto mais um filho. Me dá prazer de trabalhar com Aloísio porque ele ouve e acredita na mudança”, comenta.

Marildo se sente lisonjeado de ter estrutura com acessibilidade para os treinamentos. “Você não ter uma rampa e elevador limita muito o preparo para os torneios”, lamenta. O mesatenista brasiliense estará entre os 35 atletas convocados pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) para o Parapan-Americanos em San Jose, na Costa Rica.

Aloísio Lima e o treinador Marildo Santos. Foto: John Stan

Aloísio Lima e o treinador Marildo Santos. Foto: John Stan

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