Campeão da Copa Libertadores em campo pelo Grêmio, Adilson Batista pode voltar a levantar a taça da competição mais importante de clubes do continente, agora como técnico do Cruzeiro.
Ele se considera um “estudioso” do futebol e fez a torcida da equipe mineira sofrer com as constantes mudanças na equipe, o que levou a algumas derrotas em partidas decisivas.
Suas mudanças fizeram com que ele ganhasse fama de “Professor Pardal” em Belo Horizonte e irritaram os torcedores, cansados das constantes improvisações e esquemas como um meio-campo repleto de volantes.
Apesar das críticas, Adilson segue no cargo desde janeiro de 2008 e tem bons resultados: o bicampeonato mineiro, nas duas vezes com vitórias arrasadoras sobre o rival Atlético, e a classificação para a Libertadores deste ano, com o terceiro lugar do Brasileiro.
A única decepção foi a eliminação da Libertadores de 2008 pelo Boca Juniors, em que pecou pela falta de experiência tanto dos jogadores como dele, que disputava uma competição internacional como técnico pela primeira vez.
Adilson Batista costuma apostar em um 4-4-2 ofensivo, com dois laterais que funcionam mais como alas – algo pouco comum no futebol brasileiro. Quando necessário, fecha a defesa com cinco jogadores, sempre com eficiência.
Para a decisão, ele deve adotar uma postura mais ofensiva e aproveitar os espaços do Mineirão, além de contar com a força da torcida da casa.
Caso seja campeão amanhã, ele será o primeiro brasileiro a levar o torneio como jogador e técnico. Adilson já conseguiu um empate sem gols na ida, em La Plata, o que deixa seus comandados a uma simples vitória do título.