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Estilo de Vida

Retrato de Marilyn Monroe feito por Andy Warhol é vendido por recorde de US$ 195 milhões

O quadro icônico, intitulado “Shot Sage Blue Marilyn”, torna-se a segunda obra mais cara da História vendida em leilão

Redação Jornal de Brasília

10/05/2022 5h31

Um retrato de Marilyn Monroe feito por Andy Warhol em 1964 foi vendido nesta segunda-feira por 195 milhões de dólares em um leilão da Christie’s, batendo o recorde para uma obra do século XX, que era ostentado por “As Mulheres de Argel”, do pintor espanhol Pablo Picasso.

O quadro icônico, intitulado “Shot Sage Blue Marilyn”, torna-se a segunda obra mais cara da História vendida em leilão, atrás de “Salvator Mundi” atribuída a Leonardo da Vinci, pela qual seu atual proprietário, o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, segundo a imprensa, pagou 450,3 milhões de dólares em novembro de 2017.

Uma pessoa presente na sala lotada da sede da Christie’s, no Rockefeller Plaza, em Nova York, levou a obra de Warhol, que pertencia à Fundação dos irmãos Thomas e Doris Ammann, de Zurique, Suíça, que a vendeu em um lote com outras 35 obras de artistas como Robert Ryman, Francesco Clemente, Sturtevant e Cy Twombly, além de outras obras de Warhol, para destinar o valor arrecadado a projetos de saúde e educação destinados a melhorar a vida dos menores no mundo.

Embora tenha ficado abaixo dos US$ 200 milhões que a Christie’s esperava arrecadar, o retrato de Marilyn tirou do pódio contemporâneo a obra de Picasso, que alcançou US$ 179,4 milhões em maio de 2015, seguida de “Nu Couché”, de Amedeo Modigliani, vendida por US$ 170,4 milhões também em 2015. O retrato quase dobrou o recorde de uma obra de Warhol, “Silver Car Crash”, pela qual foram pagos 104,5 milhões em 2013.

O novo proprietário leva uma das “obras mais importantes” leiloadas em uma geração, e é “o ápice absoluto da arte pop americana”, destacou o presidente da seção de arte dos séculos XX e XXI, Alex Rotter, quando a Christie’s anunciou a venda, em março.

A icônica obra de 1×1 m de Warhol faz parte de uma série de retratos que o maior expoente da arte pop fez de Marilyn Monroe após a sua morte por overdose de barbitúricos, em agosto de 1962.

Essa série de retratos foi renomeada “Shot” depois que um visitante do “The Factory”, estúdio de Warhol em Manhattan, abriu fogo contra eles, fazendo buracos nas telas. As obras foram posteriormente restauradas.

‘Comprar a imortalidade’

“Há algo de especial nessas pinturas de Marilyn. É mágico, tem carisma”, disse Richard Polsky, especialista em Warhol. Mas principalmente, completou, “estamos em um mundo onde a arte se tornou um grande investimento”. O novo dono não apenas “terá uma grande obra, mas também um troféu. É como comprar a imortalidade”.

Nos próximos dias, a Christie’s irá leiloar outras obras importantes, como “Retrato do Artista como um Jovem Indigente” de Jean-Michel Basquiat, pintado em 1982 e que deve arrecadar mais de US$ 30 milhões; “Untitled” (Shades of Red), de Mark Rothko, avaliada em US$ 80 milhões; e três obras de Claude Monet, que devem chegar a US$ 30 milhões cada.

Apesar de a pandemia ter derrubado Nova York em 2020, seu mercado de arte recuperou a boa forma, graças às grandes fortunas da cidade, mas, principalmente, a compradores de outras partes do mundo, especialmente asiáticos, e cada vez mais jovens .

© Agence France-Presse

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