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Pílula do dia seguinte é mais eficaz quando tomada com um analgésico, afirma estudo

Publicado na revista científica The Lancet, o estudo foi realizado em Hong Kong entre 2018 e 2022 com uma mostra aleatória de 860 mulheres

Redação Jornal de Brasília

17/08/2023 7h39

As mulheres que tomaram um analgésico em associação com a pílula do dia seguinte tiveram mais sucesso na prevenção da gravidez que aquelas que tomaram apenas o anticoncepcional de emergência, afirma um novo estudo médico.

O estudo, publicado na revista científica The Lancet, foi realizado em Hong Kong entre 2018 e 2022 com uma mostra aleatória de 860 mulheres que solicitaram a pílula contraceptiva em um centro médico.

Um teste de 1998 com o levonorgestrel, uma das pílulas do dia seguinte mais populares do mundo, mostrou que o medicamento era 95% eficaz na prevenção da gravidez quando tomado até 24 horas após a relação sexual.

Segundo o estudo de Hong Kong, em um grupo de 418 mulheres que receberam levonorgestrel com piroxicam – um medicamento disponível com receita médica para tratar dores de artrite e inflamações -, apenas uma delas ficou grávida. O tratamento teve eficácia de 99,8%.

Em um segundo grupo com o mesmo número de participantes, que receberam um placebo como analgésico, sete mulheres engravidaram, o que significa uma eficácia de 98,3%.

O resultado é “realmente emocionante”, afirmou Sue Lo, coautora do estudo, que chamou a descoberta de “pioneira”.

Os dois grupos do estudo não mostraram diferenças significativas nos índices de efeitos colaterais, como atraso na menstruação, informaram os cientistas.

O coordenador do estudo, Raymond Li, explicou que o objetivo da pesquisa era sugerir que um medicamento “imediatamente disponível e seguro” pode reforçar a eficácia do levonorgestrel.

Sue Lo, no entanto, insistiu que mais estudos são necessários antes de recomendar que as mulheres tomem o analgésico piroxicam com a pílula do dia seguinte.

“Qualquer pessoa que precise de um contraceptivo de emergência deve consultar um médico”, recordou, antes de insistir que as associações de medicamentos debem ser supervisionadas por especialistas.

© Agence France-Presse

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