Menu
Na Garagem

Cenário econômico provoca retomada nos financiamentos de veículos

Queda na taxa básica de juros e na inflação são fatores que explicam o crescimento do setor

Redação Jornal de Brasília

06/12/2019 14h45

Atualizada 09/12/2019 12h39

financiamentos de veículos

Patrocinado

Finalmente o Brasil dá sinais de recuperação. Depois de enfrentar períodos de recessão economica no segundo governo de Dilma Roussef, interrompido pelo impeachment, e depois durante o mandado “tampão” de Michel Temer, a retomada do crescimento, surge no momento em que o governo, agora nas mãos de Jair Bolsonaro, apresenta propostas para remover entraves históricos ao desenvolvimento. Mudanças estruturais adotadas pelo Ministério da Economia faz com que surjam indicadores apontam para um novo ciclo de crescimento prestes a decolar em um futuro próximo.

E a indústria automotiva já sente essa nova perspectiva e dá sinais de retomada. Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), desde o início do ano até outubro foram vendidos 2,28 milhões de veículos no Brasil, um crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado é o melhor desempenho para os primeiros dez meses desde 2014.

Fator essencial para a retomada, o financiamento de veículos é responsável por dar incentivo às pessoas que desejam trocar de carro ou comprar seu primeiro automóvel. Os resultados positivos demonstrados neste ano revelam essa disposição por parte dos consumidores e das instituições financeiras. Um fator relevante para destravar a tomada de crédito foi a queda da taxa básica de juros, a Selic, que alcançou seu menor patamar desde 1999 ao cair para 5%.

Dado divulgado pela Fenabrave revela que a taxa de aprovação de financiamentos subiu para seis a cada dez solicitações ainda no início de 2019. Durante a crise financeira, esse índice chegou a ser de três a cada dez, e, na abertura de 2018, foi de quatro a cada dez, quando o setor começou a apresentar alguma reação.

Os últimos números revelados pelos bancos mostram que de fato existe uma retomada do crédito. Não apenas o financiamento de veículos tem crescido, mas também o de imóveis. A divulgação do resultado do terceiro trimestre do Produto Interno Bruto (PIB) apresentou um avanço de 1,3% na construção civil. Além da taxa de juros já citada, a baixa inflação torna o cenário favorável ao reaquecimento desses setores.

Modalidades de financiamento

Como os carros, no geral, custam um valor considerado alto para a realidade da maior parte dos brasileiros, o financiamento de veículos é uma forma de facilitar o acesso à compra por meio do parcelamento. Ele pode ser feito de três maneiras. Via consórcio, que funciona como uma poupança que é alimentada por pessoas que fazem parte de um grupo com o mesmo objetivo. Neste caso, realizam-se sorteios periódicos (normalmente sorteios mensais) até que todos sejam contemplados com os automóveis.

Outro tipo comum de financiamento é o chamado leasing. Nesta modalidade, o crédito é concedido à pessoa física, porém, o automóvel fica no nome da instituição financeira responsável. Por fim, existe o Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que é como um leasing ao contrário, pois o veículo fica no nome do comprador, mas ele é impedido de fazer negociação até que todas as parcelas estejam devidamente pagas.

Cada opção tem seus prós e contras que devem ser pesados na balança no momento fechar o contrato. Fatores como taxa de juros, IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras), multas e consequências em casos de inadimplência precisam ser observados para que o financiamento seja acertado de acordo com as necessidades e preferências de cada consumidor.

Tendências

Uma característica que tem sido observada nos compradores brasileiros é a busca cada vez mais representativa por máquinas que possuem tecnologia embarcada. A quantidade de atributos fornecidos pelas montadoras tem feito a diferença no momento de tomada de decisão. Para 2020, por exemplo, existem estimativas de que a aquisição de carros automáticos ultrapasse a de veículos manuais pela primeira vez. No Brasil, ainda 90% dos automóveis leves têm câmbio manual. Em comparação, quase toda frota dos Estados Unidos possui câmbio automático, com poucas exceções feitas a alguns modelos esportivos.

Há ainda a tendência de que cresça a procura por veículos não poluentes. Os carros elétricos já são uma realidade, e no exterior alguns governos estão oferecendo subsídios àqueles que optarem por essa novidade. Embora essa ainda não seja uma realidade no Brasil, todo o contexto de crise ambiental pode fazer com que esse processo seja acelerado, e que surjam novas condições de financiamento, inclusive como política pública.

Como prova deste movimento, recentemente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que irá financiar o desenvolvimento e fabricação de caminhões elétricos no Brasil. Os recursos aprovados são da ordem de R$ 88,6 milhões e serão destinados à VW Caminhões e Ônibus, do grupo Volskwagen, que irá incrementar o plano de inovação da fábrica da montadora em Resende (RJ).

Por agência de mareting digital emarket

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado