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Abril Laranja alerta para maus-tratos contra animais

No DF, crime é o segundo mais registrado no Disque Denúncia, que soma 4.036 delações em 2021

Redação Jornal de Brasília

19/04/2021 9h55

Abril Laranja alerta para maus-tratos contra animais

Foto: Divulgação

No Brasil, maltratar um animal é crime previsto em lei. A pena para quem for condenado vai de 2 a 5 anos de prisão, além do pagamento de multa e inclusão do nome no registro de antecedente criminal. Para conscientizar e prevenir maus-tratos aos animais, a Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra Animais (American Society for the Prevention of Cruelty to Animals, em inglês), criou em 2006 a campanha Abril Laranja.

Os números são assustadores. De janeiro a 3 de março deste ano, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) recebeu 1.038 denúncias de maus-tratos a animais domésticos. De acordo com a corporação, o crime é o segundo mais registrado no Disque Denúncia, que soma 4.036 delações em 2021.

O advogado Max Kolbe, do escritório Kolbe Advogados Associados, explica que a lei abrange animais domésticos e silvestres e que além da violência, existem outras ações às quais cabem punição.

Abandono, manter o animal preso a correntes ou cordas, não levar o animal ferido a um veterinário, manter desprotegido contra sol, chuva ou frio… tudo faz parte do crime de maus tratos.

Max Kolbe, advogado

Também em outubro de 2020 foi sancionada a lei que proibiu a utilização de coleira anti-latido com impulso eletrônico, conhecida como coleira de choque. E, desde julho do ano passado, estão proibidas as rinhas entre animais no DF.

Responsabilidade

O desenvolvedor do aplicativo +Pet, plataforma criada no DF que disponibiliza agenda, controle de carteirinha de vacinação e ainda a opção de adotar ou comprar um bichinho, acredita que a responsabilidade é um dos principais critérios na hora de decidir sobre ter um animal em casa.

“O abandono faz parte do crime de maus-tratos. Muita gente acaba comprando ou adotando um pet e esquece que é uma vida. Precisa se alimentar, passear, ter cuidados médicos. Ai a pessoa vê que dá trabalho, que uma consulta é cara e abandona o bichinho na rua. Por isso, é necessário ter responsabilidade. Pensar muito. Pet não é brinquedo”, explica Fernando Hoffmeister.

Hoffmeister desenvolveu o aplicativo justamente pensando em como deixar a rotina com o pet mais fácil. Desenvolvido no ano passado, a plataforma já tem mais de 100 mil downloads e está disponível nas plataformas IOS e Android. Após se cadastrar, o usuário tem a opção de colocar a foto do bichinho e salvar a data de nascimento dele.

Na aba “agenda”, o dono consegue gerenciar tudo sobre o pet. É possível determinar datas e horários para atividades como: passeios, alimentação, banhos e medicamentos. Além disso, existe a possibilidade de cadastrar as vacinas que o animal recebeu, facilitando a vida do usuário e o bem estar do bichinho.

Além da agenda, o aplicativo + Pet manda lembretes para o usuário sem que ele abra a plataforma, auxiliando nos compromissos sem esquecimento. O dono também tem a opção de compartilhar toda a rotina do animal com outra pessoa.

“Além de facilitar a rotina do usuário a não esquecer os compromissos, também o ajudamos a encontrar clinicas, serviços de petshop e até petwalker. Tudo de acordo com a localização. E o melhor: é tudo de graça “, explica.

Meu animal ideal

Já nessa opção, os pais de pets podem encontrar um novo animal. Caso o usuário queira comprar um bichinho, a plataforma disponibiliza uma lista de criadores – que trabalham com responsabilidade e ética.

Caso a necessidade seja de adoção, o aplicativo disponibiliza uma lista de anúncios, de acordo com a localização do usuário.

Mercado pet

O Brasil conta com o segundo maior mercado de produtos pets do mundo, segundo uma pesquisa da Euromonitor International. E a pandemia não desacelerou o crescimento do setor, que deve fechar 2021 com um faturamento em torno de R$ 37 bilhões. Os bons resultados têm atraído mais investimentos para o segmento e gerado oportunidades para quem quer empreender.

Segundo a pesquisa Radar Pet da Comissão de Animais de Companhia (Comac) grande parte dos brasileiros enxergam os pets como um filho ou membro da família. Por conta disso, a saúde dos animais de companhia é considerada tão importante dentro do lar quanto as das demais pessoas. Também existe uma grande preocupação com o envelhecimento do pet e o cuidado com a saúde preventiva dos animais.

Em Brasília, o mercado está cada vez mais aquecido, já que o DF tem a maior proporção de animal de estimação do país por habitante. “Essa é uma área que cresce cada vez mais e na capital do país não tem sido diferente. Por isso, optamos em desenvolver e lançar o aplicativo por aqui”, pontuou Hoffmeister.

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