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Gastronomia

Quem precisa de tomates?

Arquivo Geral

14/04/2013 8h00

“A culinária italiana é muito maior do que o tomate”. É dessa forma que Ricardo Mello, proprietário da cantina Giuseppe, explica aos clientes sua decisão de boicotar pratos com tomate, após alta nos preços do alimento. De acordo com a casa, uma caixa de tomate de 20 kg, que antes custava entre R$ 30 e R$ 40, está sendo vendida a R$ 100, até R$ 150, o que torna inaceitável a compra do produto.

 

Já que gastronomia é, em suma, criatividade, o jeito foi abrir o livro de receitas da vovó Caliandra e pesquisar delícias que eram preparadas na Itália tradicional. Descobriu-se, então, a possibilidade de mudar o cardápio da casa. “A transformação começou com filé mignon feito com molho de uvas e espaguete com camarão. Saladas, alho, azeite, bacon. Menos tomates!”, diz Mello.

 

 

Quem não levou a situação de forma tão dramática reclama, mas ainda oferece o “arroz com feijão” da culinária, como macarrão à bolonhesa, filé à parmegiana e gaspacho. “As vendas caíram muito, mas o que podemos fazer? Não definimos o preço”, resmunga Gilson Rafael, do Ceasa.

 

Boicote é gradual

 

Mesmo especializada em carnes, a churrascaria Porcão, também serve massas e aperitivos que levam tomate. “É bem complicado retirar algo do cardápio completamente. O que se pode fazer é diminuir; coisa que foi feita tempos atrás com a carne bovina, que teve uma alta surpreendente”, diz.

 

Na ocasião, se deu prioridade ao cordeiro, ao frango e ao porco, mas a picanha, filé e outras partes do boi obviamente não saíram do menu.

 

Para o gerente Marcílio Costa, do restaurante verde Amiz, a alta do tomate reflete diretamente no preço do bufê. “Não dá para desenvolver muita coisa sem o tomate. Ele dá sabor, sabe? É claro que existem outros temperos, mas já que nós não servimos carne, precisamos desses ingredientes”, explica.

 

Ele diz ainda que quer evitar um aumento no preço do bufê da casa (R$ 45 por pessoa), e para isto aplica técnicas que aprendeu em Las vegas. “Para dar uma equilibrada na cor da comida, tenho feito sardela, à base de pimentão, pois ele é bonito e saboroso”, comenta.

 

Alternativas possíveis

 

Lanchonete nova em folha na cidade, a bruschetteria Due conta, além dos destaques clássicos, com sabores que dispensam o uso do tomate.

 

A bruschetta de brie com geleia dá água na boca, e a de shimeji também faz bonito. O supplì al telefono, bolinhos de risoto recheados com queijo mozzarella, R$ 17, também são uma boa alternativa.

 

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