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Prazeres do vinho

Quais vinhos combinam com o Natal?

Com dúvidas sobre qual levar à mesa? Veja algumas dicas de como harmonizar vinhos com os mais variados pratos da ceia de Natal!

Dai Teixeira

18/12/2020 16h44

Quais vinhos combinam com o Natal?

Uma das épocas mais esperadas do ano, ainda mais este ano, que passamos por tanta coisa, a ceia natalina tem o significado de banquete eterno e união da família.

Para acompanhar todas as delícias, com certeza o vinho é praticamente indispensável. Além de simbolizar, em algumas crenças, o sagrado, caprichar na harmonização entre vinho e comida neste dia nos dará a possibilidade de entrar em contato com os diversos tipos de sabores e nuances que temos disponíveis entre os dois, tornando a experiência gastronômica e familiar muito mais interessante.

Para começar

Apesar de os pratos de Natal se repetirem todos os anos, há, ainda, quem se sinta inseguro na hora de combiná-los com os vinhos mais adequados. Por isso preparei uma seleção de alguns vinhos “coringas” que são aqueles que chamamos de vinhos gastronômicos, mais fáceis de harmonizar. Tudo isso para que vocês não precisarem se preocupar com isso nesta noite.

Entradas

Para começar a noite, aperitivos, as frutas secas e sementes pedem um vinho branco, leve e seco ou, ainda melhor, um espumante. O Champagne é clássico, mas os espumantes brasileiros são capazes de cumprir igualmente bem o papel como, por exemplo, o espumante 1913 Sparkling Brut da Vinícola Aurora que é um espumante límpido, na boca é equilibrado e de ótimo volume de boca ele é muito refrescante e foi produzido pelo Método Charmat.

Espumante 1913 Sparkling Brut da Vinícola Aurora

Pratos principais

Nossas ceias são bem tradicionais, com peru e pernil, assim, um Chardonnay mais estruturado, como argentinos e chilenos normalmente amadurecidos em barricas de carvalho, harmonizam bem.
Uma alternativa para quem só degusta os tintos, são os da uva Pinot Noir com um pouco mais de estrutura como o Le Petit Maynne – Reserva – Pinot Noir da região de Borgonha na França. É um Pinot noir muito brilhante, vermelho rubi, com tons de tijolo. Aroma inconfundível da variedade dessa uva, com os seus frutos vermelhos vibrantes e picantes. Aroma tostado. Um rico e bom vinho, equilibrado que pode ser bebido jovem ou após alguns anos. No paladar é opulento, sedoso, taninos redondos e deliciosos sabores de frutas vermelhas maduras, ameixas, ginjas e elegantes notas de fumo.

Le Petit Maynne – Reserva – Pinot Noir

O melhor é que por ter essas características, esse vinho pode ser degustado durante toda a ceia, inclusive para quem gosta de saborear um bacalhau, pois ele se coloca em uma posição intermediária na escala de corpo dos vinhos o que o torna extremamente harmonizável. Nesse ponto intermediário da escala, há uma sobreposição entre vinhos brancos encorpados e tintos de corpo médio.

Os cortes de carne de porco como o pernil assado por ser versátil, podem ser acompanhados por um Chardonnay, pelos brancos espanhóis da Rioja ou por brancos portugueses do Alentejo ou do Douro. Como também podem ser harmonizados com vinhos tintos leves e de médio corpo. Uvas como Tempranillo, Merlot e Malbec, por exemplo, desde que sejam vinhos com menos estrutura. Um rótulo que eu recomento é o Marcelo Pelleriti Malbec – Winemaker Series do Valle Del Uco em Mendoza. Um vinho vermelho vivo e brilhante. Seu aroma é marcadamente e frutado. Apresenta notas de frutas vermelhas frescas e geleia. Na boca é fresco e cativante. É uma ótima expressão de um malbec jovem e equilibrado.

Marcelo Pelleriti Malbec – Winemaker Series

Sobremesas

Ao final da ceia, as mesmas frutas secas e sementes podem ser acompanhadas pelos vinhos de sobremesa. Há uma ampla variedade nessa categoria, todos excelentes. Em Portugal, por exemplo, há o Vinho do Porto, o Moscatel de Setúbal e o Madeira. Na Itália, o Passito di Pantelleria. Na França, o Muscat Beaumes-de-Venise. E ainda os late Harvest, como os chilenos e alguns brasileiros. Esses mesmos vinhos de sobremesa, não muito doces, casam bem com panetone e bolos de Natal.

Vinho do Porto, Passito di Pantelleria, Muscat Beaumes-de-Venise e late Harvest são excelentes opções para acompanar a sobremesa

Tipos de harmonização

Podemos fazer a harmonização de diversas formas, tradicionalmente duas são mais usadas: por semelhança e por contraste.

Por semelhança

As regras de harmonizar por semelhança são basicamente 4: comida aromática vai com vinho aromático; a persistência da comida também deve ir conjuntamente a persistência do vinho; comida doce sempre com vinho doce; e para terminar, quanto mais estruturada será a comida, mais estrutura deverá ter o vinho.

Por contraste

Nela, queremos que a comida se contraponha com a sensação do vinho. Basicamente se trata de equilibrar dureza e maciez. A dureza do vinho é constituída por acidez, sapidez (ou mineralidade) e tanicidade. Já a dureza da comida é formada por tendência ácida, tendência amarga e sapidez.
Pode parecer inusitado, mas combinar um vinho doce com um prato extremamente salgado fica delicioso.

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