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Prazeres do vinho

O porquê o vinho deveria ser incluído na cesta básica brasileira?

O vinho é alimento na Espanha, na Europa, na América do norte e no Brasil também, ele é um complemento alimentar essencial

Dai Teixeira

05/02/2021 12h20

O porquê o vinho deveria ser incluído na cesta básica brasileira?

O porquê o vinho deveria ser incluído na cesta básica brasileira?

O vinho é importante para circulação, coração, pele, estimulante, entre outras vantagens como alimento. Em vários livros de nutrição o vinho é incluído como exemplo de alimento funcional. O mesmo fazem inúmeros artigos científicos disponíveis no PubMed, Bireme ou Medline.

O vinho sempre foi alimento na opinião da ciência e hoje existem mais de 2 mil estudos científicos comprovando os benefícios do consumo dele. E até mesmo dos leigos. Basta ver a edição de 21 de janeiro de 2002 da Revista Time que se refere ao vinho tinto como um dos 10 alimentos mais importantes para a saúde dos humanos. Também a Revista Veja na edição 1.980, de 1º/11/2006, cita o vinho tinto como exemplo de alimento funcional.

O fato de conter álcool não elimina o vinho da condição de alimento. Um jornalista, por ser jornalista, não está impedido de ser médico, advogado ou exercer outra função se preencher os requisitos para tal. Vinho é alimento e também é uma bebida alcoólica. E como tal deve ser tratado, considerando que o reconhecimento do vinho como alimento não o isenta das restrições atribuíveis às bebidas alcoólicas.

Hoje o exercício da Medicina é baseado em evidências. Exclusivamente em evidências científicas. As pesquisas médicas são classificadas conforme a sua consistência.

As metanálises e os estudos clínicos randomizados duplo-cegos são os de maior nível de evidência. Hoje estudos desse tipo mostram de maneira sólida que a ingestão leve e moderada de bebidas alcoólicas diminui a morbimortalidade geral, principalmente as de causa cardiocirculatória as que mais matam no mundo! Diminuem o risco de derrame cerebral isquêmico e de desenvolver diabetes mellitus. Mostram ainda que o vinho tem essas ações de maneira mais intensa que as outras bebidas alcoólicas.

Alegar que reconhecer o vinho como alimento na forma de lei incentivaria o alcoolismo é só uma suposição. Pesquisas científicas não confirmam isso.

Na cidade de Copenhague, na Dinamarca, mais de 10.000 bebedores usuais foram observados por mais de cinco anos. Neste trabalho constatou-se que os bebedores de vinho não se tornaram bebedores abusivos ou problema. Na Espanha, depois que o vinho foi reconhecido em lei como alimento, o seu consumo diminuiu 4.9%.

Estudos mostram que alcoólatras, na grande maioria, bebem álcool de outra forma que não o vinho. Bebem até mesmo o álcool combustível e o de limpeza.

Em minha opinião, não considerar vinho como alimento atende a interesses que não são os da ciência e nem da promoção da saúde. Desde sempre venho insistindo nesse ponto. O Vinho como complemento alimentar é muito benéfico a nossa saúde sim.

A participação do Vinho no PIB brasileiro, acreditem é inferior a 0,04%, ou seja, é muito pouco. Se o governo isentasse o Vinho de TODOS os impostos, a vida não mudaria nada para as contas governamentais.

Aliás, mudaria sim para melhor, pois a população tendo maior acesso ao vinho passaria a consumi-lo de forma civilizada (isso poderia ser negociado com o Setor), cotidiana e parcimoniosamente e seria mais saudável. Os gastos governamentais com saúde, especialmente a problemas do coração, certamente cairiam. O setor expandiria e geraria mais empregos.

– Em 2014 existiu um Projeto de Lei 5965/13, em análise na Câmara dos Deputados para incluir o vinho entre os produtos que compõem a cesta básica nacional do Deputado Edinho Bez (PMDB-SC).  Fonte: Agência Câmara de Notícias

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