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Gastronomia

D.O.M. volta ao pódio dos 50 melhores latinos e inverte liderança com Casa do Porco

A premiação teve sua organização reformulada neste ano: a lista traz 100 restaurantes, ao invés de 50 como nas edições anteriores

FolhaPress

23/11/2021 8h04

Foto: Reprodução/D.O.M

Marília Miragaia e Marina Consiglio
São Paulo, SP

Algumas coisas não mudam e, no caso da premiação 50 Best América Latina, é a presença dos restaurantes peruanos entre as primeiras posições. Na cerimônia que aconteceu nesta segunda-feira (22), o primeiro e segundo colocados foram, respectivamente, o Central e o Maido, ambos em Lima, reafirmando uma hegemonia de quase uma década –furada apenas no ano passado pela parrilla Don Julio, que ficou em primeiro lugar.

Entre os brasileiros, houve uma verdadeira dança das cadeiras: o mais bem colocado, o D.O.M (3ª posição), de Alex Atala, subiu dez posições. Na sequência, vieram os também paulistanos Maní (7º lugar), que subiu 16 posições, e a Casa do Porco (11ª colocação), que caiu sete -mas ainda detém a melhor classificação entre os brasileiros na versão global do ranking.

A premiação, batizada de Latin America’s 50 Best Restaurants 2021: Pasado y Futuro, teve sua organização reformulada neste ano: a lista traz 100 restaurantes, ao invés de 50 endereços como nas edições anteriores, e foi resultado de uma compilação feita com base nos votos das oito edições do prêmio, que aconteceram entre 2013 e 2020. O ranking é o braço regional do The World’s 50 Best, considerado o Oscar do setor e cuja versão mundial aconteceu mês passado na Antuérpia.

Na sequência entre os restaurantes brasileiros vieram o carioca Lasai, que caiu uma posição e consta em 22º, e o Mocotó, que escalou dez colocações e agora está em 23º. Retornaram à lista o paulistano Fasano (66º lugar), depois de sete anos, e o carioca Oro (51º). Perderam posições o curitibano Manu (49º), o carioca Oteque (41º) e o paulistano Evvai (65º).

Com a ampliação da lista, novos restaurantes brasileiros ganharam espaço no ranking. Entre os paulistanos, estão o Komah (88º), o Arturito (86º) e o Tordesilhas (75º). Outra novidade é a entrada de restaurantes de outras capitais brasileiras. Vitória está representada pelo Soeta (77º). Belo Horizonte, por sua vez, tem o restaurante Glouton, na posição de número 68, do chef Leonardo Paixão.

Dois endereços paulistanos que haviam fechado as portas durante a pandemia foram lembrados: o Corrutela (90º), que também recebeu o prêmio de sustentabilidade, e o Tuju (54º). A novidade é que ambos irão reabrir em breve –o Corrutela em dezembro e o Tuju em meados de 2022, em novo endereço, já que sua antiga casa agora abriga o Tujuína.

O evento aconteceu de forma virtual ano passado e neste ano teve celebrações simultâneas em sete países da América Latina para evitar deslocamentos aéreos. Receberam a festa Oaxaca (México), Mendoza (Argentina), Santiago (Chile), Lima (Peru), Bogotá (Colômbia), Quito (Equador) e São Paulo. No Brasil, a festa foi marcada no novo teatro B32, projetado por Eiji Hayakawa, na avenida Faria Lima.

Como parte da programação de 2021, também houve o anúncio de outros prêmios com brasileiros entre os finalistas. O Charco, em São Paulo, foi indicado ao One To Watch, reconhecimento dado a restaurantes “com potencial” que inauguraram nos últimos dois anos –vencido pelo Anafe, de Buenos Aires. Telma Shiraishi, do Aizomê, concorreu ao Chefs’ Choice Award – Best Reinvention, dado a um chef que se reinventou na pandemia, mas não foi escolhida. Telma viabilizou o Movimento Água no Feijão, que com ajuda de voluntários fez entrega de mais de cem mil marmitas para aplacar a fome.

Alguns prêmios já haviam sido divulgados, como o The Macallan Icon, recebido pelo casal Rodrigo Oliveira, do Mocotó, e a historiadora, Adriana Salay, pelo impacto social do projeto Quebrada Alimentada.

Em abril deste ano outra premiação do World’s 50 Best foi divulgada: o 50 Next, que elege jovens que estão moldando o futuro da gastronomia, com a presença de dois brasileiros. Diferente dos rankings de bares e restaurantes do 50 Best, a lista com jovens líderes não tem ordem de classificação. A atuação em regiões periféricas é um elemento em comum entre os dois representantes do Brasil: Mariana Aleixo está à frente de projetos no complexo da Maré, na zona norte carioca; Thiago Vinícius de Paula da Silva atua com a democratização do acesso a alimentos orgânicos no Campo Limpo, zona Sul de São Paulo.

Conheça os 10 melhores restaurantes da América Latina e os brasileiros da lista

  1. ?Central (Lima, Peru)
  2. Maido (Lima, Peru)
  3. D.O.M. (São Paulo, Brasil)
  4. Astrid y Gaston (Lima, Peru)
  5. Pujol (Cidade do México, México)
  6. Boragó (Santigo, Chile)
  7. Maní (São Paulo, Brasil)
  8. Quintonil (Cidade do México, México)
  9. Tegui (Buenos Aires, Argentina)
  10. Don Julio (Bueno Aires, Argentina)
  11. A Casa do Porco (São Paulo, Brasil)
  12. Lasai (Rio de Janeiro, Brasil)
    23 . Mocotó (São Paulo, Brasil)
  13. Oteque (Rio de Janeiro, Brasil)
  14. Manu (Curitiba, Brasil)
  15. Oro (Rio de Janeiro, Brasil)
  16. Tuju (São Paulo, Brasil)
  17. Evvai (São Paulo, Brasil)
  18. Fasano (São Paulo, Brasil)
  19. Glouton (Belo Horizonte, Brasil)
  20. Tordesilhas (São Paulo, Brasil)
  21. Soeta (Vitória, Brasil)
  22. Arturito (São Paulo, Brasil)
  23. Komah (São Paulo, Brasil)
  24. Corrutela (São Paulo, Brasil)

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