O Brasil conseguiu na noite desta terça-feira importante vitória na primeira rodada do Challenger de Bogotá. E ela veio de forma inesperada, com o qualifier Rogério Silva, apenas o 283º do mundo. Ele conseguiu sua melhor atuação da carreira ao derrotar o equatoriano Nicolas Lapentti, cabeça um do torneio e 71º do ranking, por 2 x 0, parciais de 7/6 (8-6) e 6/4.
Silva, considerado como uma das boas revelações do tênis brasileiro, tem colhido frutos em ótima temporada e vislumbra avanço maior graças à boa oportunidade oferecida na Copa Petrobras, série com cinco challengers de US$ 75 mil em prêmios na América do Sul, todos em quadras de saibro. Nas oitavas, encara o chileno Adrian Garcia.
O brasileiro entrou em quadra na terça depois de grande espera por causa da chuva na capital colombiana. Na hora do jogo, porém, não se importou com a boa fase de Lapentti, ex-número seis do mundo e recém coroado vice-campeão do Torneio de , e muito menos com a quebra de saque do equatoriano logo no início.
Após estar em desvantagem de 4/5 e saque para o rival, Silva mostrou garra, garantiu a quebra e partiu para a vitória mais tarde no tie-break. No segundo set, Lapentti voltou a sair na frente com 2/0, mas não sustentou o ritmo. O brasileiro virou o placar e obteve a quebra decisiva no sétimo game, para depois fechar no décimo.
"Sabia que hoje não podia dar espaço para ele. Durante o quali, não estava me adaptando à altitude, mas estou muito forte mentalmente”, disse Rogério, que comemorou a evolução. “Comecei o ano como 780 do mundo e agora estou perto do 280. Treinei muito na Europa neste ano e acho que agora estou colhendo os frutos", completou.
O Brasil voltou a se dar bem nas quadras colombianas com a vitória de Ricardo Mello, 149º do ranking, sobre o mexicano Bruno Echagaray por 6/4 e 7/6 (7-1). Seu próximo adversário será o também canhoto Horacio Zeballos, argentino que saiu do quali. "Na altitude de Bogotá, é difícil controlar a bola e manter o nível. Por isso, a parte mental se torna fundamental", disse Mello.