Primeira bicampeã consecutiva da Copa Davis desde 1998, a Espanha não se contenta com a grande fase e já vislumbra voos mais altos. De contrato renovado, o capitão Albert Costa falou em imitar o Barcelona, que no futebol ganhou o Campeonato Espanhol, a Copa do Rei e a Copa dos Campeões da Europa na última temporada, e buscar um triplete no tênis.
Contra a República Tcheca, os espanhóis decidiram o título já no sábado, e o domingo de jogos em Barcelona serviu apenas para confirmar o domínio. Após aplicarem um 5 a 0 em uma final apenas pela terceira vez da história do Grupo Mundial, criado em 1981, eles enfim receberam o troféu Ensaladeira de Prata e à noite participaram de um jantar e uma festa organizada em uma discoteca de Barcelona.
Antes disso, é claro, também conversaram com a imprensa local e mostraram acreditar em um tricampeonato que não ocorre na Davis há 37 anos – os Estados Unidos ganharam a competição em 1970, 1971 e 1972. “Eu, como (Pepe) Guardiola, vou pelo triplete”, avisou o catalão Albert Costa, em referência ao treinador do Barcelona.
Caso a Espanha reescreva a história do tênis imitando o clube de futebol, pelo menos dois titulares da equipe conhecerão sensações distintas: Rafael Nadal e Feliciano López, torcedores do Real Madrid. “Tentaremos fazer como o Barça, ainda que isso me dê dor”, brincou López, que ao lado de Fernando Verdasco venceu a decisiva partida de duplas do sábado.
Na busca por mais uma conquista, a equipe europeia terá um forte desafio já na abertura do Grupo Mundial do próximo ano. Entre 5 e 7 de março, ela inicia sua caminhada em casa contra a Suíça, que conta com o ex-top 10 Stanislas Wawrinka e pode ter também Roger Federer. O número um do mundo não atua nas oitavas de final da Davis desde 2003 e ainda não definiu sua participação nesse confronto.