Falar sobre a vida sexual das mães pode ser muito complexo, já que esta é influenciado por diversos fatores antes, durante e após a gravidez. Ou seja, a experiência sexual de uma mãe pode variar muito de acordo com circunstâncias individuais, culturais e relacionais. A fim de aprofundar e trazer a realidade para mais perto, convidei Carina Alves Cavalcante, mãe de 3, doula, consultora de sling e empreendedora para um bate-papo delicioso a respeito do tema.
Durante nossa deliciosa troca, pontuamos algumas questões relevantes:
- Alterações Físicas e Emocionais
Durante a gravidez, as mulheres experimentam alterações significativas em seus corpos e hormônios, o que, geralmente, impacta na libido e na forma como se sentem em relação ao sexo. Algumas podem sentir um aumento no desejo sexual devido às mudanças hormonais, enquanto outras experimentam uma diminuição devido ao desconforto físico ou preocupações emocionais. - Recuperação Pós-Parto
O período pós-parto também traz suas próprias mudanças, incluindo a recuperação física e a adaptação à nova rotina com o bebê. Essa circunstância pode influenciar a frequência e a qualidade da vida sexual. Questões como dor durante o sexo, cansaço e a falta de privacidade afetam a intimidade do casal. - Comunicação e Conexão na Relação Conjugal
A comunicação aberta entre parceiros é crucial. A vida sexual pode ser afetada por mudanças nas expectativas, necessidades e desejos de cada parceiro. Manter um diálogo honesto e apoiar um ao outro é essencial para navegar por essas transformações de forma saudável. - Reajuste das Expectativas
As demandas da maternidade podem exigir um reajuste nas expectativas sexuais. A intimidade, talvez, não seja tão frequente quanto antes, mas isso não significa que o desejo ou a conexão diminuíram. Encontrar novos modos de mantê-la, como momentos de carinho e diálogo, ajuda a manter o vínculo forte.
- Mudança no Corpo
Muitas mães lidam com uma nova percepção de seu corpo após a gravidez, o que afeta sua confiança e também a forma como se sentem em relação ao sexo. Trabalhar na aceitação e na autoestima é importante para que a mulher se sinta confortável e desejável. - Tempo para Si Mesma
A rotina intensa com um bebê acaba reduzindo o tempo que a mãe tem para cuidar de si mesma. No entanto, dedicar tempo ao autocuidado pode ajudar a melhorar a autoestima e, consequentemente, a vida sexual. - Apoio Social
O suporte de amigos, familiares e profissionais desempenhar um papel significativo na forma como as mães lidam com sua vida sexual. Ter acesso a recursos e informações ajuda a aliviar ansiedades e oferecer novas perspectivas.
- Saúde Sexual
A saúde sexual é uma parte fundamental do bem-estar geral. As mães devem se sentir confortáveis para buscar ajuda médica e falar sobre qualquer questão relacionada à sexualidade, como dor, disfunções ou mudanças no desejo.
Em suma, a vida sexual das mães é parte essencial de sua identidade e bem-estar. Para integrar a sexualidade de forma saudável e gratificante, é fundamental manter a comunicação aberta, aceitar as mudanças naturais e buscar apoio quando necessário.
É importante lembrar também que cada mulher é única, e as formas de expressar e vivenciar a sexualidade variam. A chave é encontrar o que funciona melhor para cada uma, respeitando suas necessidades e limites. Ao buscar apoio quando necessário, a sexualidade pode se tornar uma fonte de prazer e bem-estar em vez de um fardo.
Se interessou pelo assunto e quer saber mais? Então, confira o novo episódio do podcast Muito Prazer, Luisa Miranda, e acompanhe essa deliciosa conversa.