Música e cinema estão na programação do projeto Groselha – Blasfêmias, filmes B e rock’n’roll, que estreia no próximo domingo (29), no Teatro Dulcina (Conic). Realizado em parceria entre PicniK e Chezz Records, o evento tem a proposta de a cada edição, trazer para Brasília bandas do cenário independente local, nacional e, inclusive, internacional.
Nos intervalos das apresentações musicais, o público poderá conferir uma seleção de curtas e médias-metragens brasileiros recentes, com enfoque no cinema de gênero, em especial o cinema fantástico, passando por terror, suspense, ficção científica e aventura – de novos “clássicos” cult até o mau gosto puro e simples; do trash mais sem vergonha ao experimental hermético; do escapismo ao conceitual, da comédia involuntária ao gore com sangue de groselha escorrendo pela boca!
Para a primeira edição do projeto foram convidadas as bandas goianas Carne Doce (rock alternativo) e Black Drawing Chalks (stoner), a australiana MilkPunch (alternativo/lo-fi) e as brasilienses Tertúlia na Lua (neo-psicodelia) e Supervibe (neo-psicodelia).
O quinteto Carne Doce vem ganhando cada vez mais destaque no cenário independente do rock brasileiro. O segundo álbum da banda, “Princesa”, figurou em várias listas de melhores discos de 2016. À frente da banda está a vocalista Salma Jô, dona de uma voz de personalidade singular e uma presença de palco resplandecente em carisma.
A curadoria de filmes ficou a cargo do cineasta, professor e DJ Alex Vidigal e da fotógrafa Amália Gonçalves. Nesta primeira edição serão exibidos 17 curtas, divididos em cinco blocos, incluindo todos os episódios das séries “É Nóis” e “Demência”. “Matador de Bagé venceu três prêmios em Gramado: melhor música, ator e filme. O curta tem várias referências ao cinema dos anos 70. É um filme violento e divertido, acho que tem tudo a ver com a temática do evento.
ContraPlano, com uma pegada bastante realista e violenta, tem no roteiro uma metáfora sobre a corrupção, um tema bem atual”, comenta Amália. Para Vidigal, o evento proporcionou a oportunidade de juntar na mesma sessão dois momentos da produção brasiliense de cinema de gênero, tanto com curtas mais antigos, da época em que o YouTube surgia como plataforma, quanto com outros mais recentes.
“Interessante perceber como nos últimos tempos esses curtas, de terror e ficção científica, estão presentes dentro da produção universitária, onde, anteriormente, tinham muito menos espaço”, analisa o professor.
Serviço
GROSELHA – Blasfêmias, filmes B e rock’n’roll
Quando: Domingo, 29 de janeiro às 16h20.
Onde: Teatro Dulcina – Conic (Setor de Diversões Sul)
Ingressos: R$20 à R$30 antecipado – www.sympla.com.br
Classificação Indicativa: 18 anos
Informações: chezzdiy@gmail.com e (61)8403-4509.