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Entretenimento

Porão do Rock traz 46 atrações ao Mané Garrincha neste fim de semana

Arquivo Geral

28/09/2018 9h30

Atualizada 27/09/2018 21h50

Nação Zumbi é uma das atrações principais (Dovilé Babraviciuté/Divulgação)

Beatriz Castilho
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Plano Piloto, 1998. Em busca de espaço para reuniões e ensaios, bandas da cidade fizeram de palco um substrato do Setor Comercial da 207 Norte. Não passando despercebida, a movimentação progrediu em público e tamanho, e assim, já não cabendo no discreto corredor, o festival intitulado Porão do Rock foi transferido para a Concha Acústica, formalizando o encontro em um evento anual. Vinte anos depois, a festividade que esbanja tradição celebra o rock neste fim de semana com sua 21ª edição, no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha. São três palcos, 46 atrações. Mais números? Em 20 anos de vida, o festival soma mais de 1,1 milhão de espectadores, 458 bandas (237 brasilienses).

Para o produtor Gustavo Sá, o Porão representa um importante capítulo da cena musical brasiliense. E resiste. “Ainda somos o palco principal da cidade e o sonho de várias bandas”, diz o único dentre os fundadores a participar de todas as 21 produções. O gênero abraçado pelo nome, aliás, é a essência do evento. Nascido em ensaios de bandas de rock, o festival passou a abraçar novos estilos. “Ao longo da história mostramos que não escolhemos necessariamente rock. Tivemos, por exemplo, Hamilton de Holanda há sete, oito anos. Tivemos artistas pop também. O que ocorre é que depois que criamos o terceiro palco, de som pesado, conseguimos flexibilizar mais”.

A mistura fica clara na programação. Neste sábado (28), primeiro dia de festa, além de nomes como CPM 22 (SP), Seconds of Noise (DF), Braza (DF) e Project 46 (SP), marcam presença o rapper Froid (DF), a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana (SP) e, em uma aguardada apresentação, Nação Zumbi & BNegão.

A banda de rock pernambucano que já foi liderada pelo saudoso Chico Science se mescla ao rapper carioca em uma apresentação inesperada para ambos, proposta pelo próprio Gustavo Sá, produtor do festival. “Na última vez que tocamos em Brasília, o Gustavo tinha me falado dessa ideia. Compramos o projeto na hora”, explica Alexandre Dengue, baixista da Nação, em entrevista ao JBr. “Vai ser uma intervenção do BNegão em umas quatro ou cinco músicas nossas, mas se ele quiser ficar o tempo inteiro no palco, vai ser ótimo”, destaca o músico.

BNegão se apresenta com Nação Zumbi (Leco de Souza/Divulgação)

A Nação, aliás, é um exemplo da flexibilização proposta pelo produtor. A banda carrega diversas referências brasileiras. “O rock se alonga, continua sempre mudando. Só quem não muda junto fala que o rock morreu”, opina Alexandre. Subindo ao palco às 2h05, no Palco 2, o conjunto expoente do Manguebeat completa este ano cinco participações no festival – sendo a primeira em 2003.

Pratas da casa
Também no sábado, cinco horas antes (às 21h30, no Palco 1), o conceito de som democrático se estende. Os brasilienses da banda O Tarot auto-denominam seu som de música nômade, viajando com liberdade entre diversos estilos. Com disco recém-lançado, A Ilha de Vidro, o grupo se apresenta no Porão pelo segundo ano consecutivo. “Ano passado entramos por meio da seletiva. Neste, temos o privilégio de retornar como convidados, e em um horário nobre. Encaramos como uma grande responsabilidade e oportunidade”, destaca o vocalista Caio Chaim.

Representando a nova música da cidade, O Tarot divide espaço com outros nomes do cenário, como Ellefante, Lupa e Never Look Back, que se apresentam neste domingo (30), respectivamente às 16h, 18h20 e 16h15. No mesmo dia, do Rio, tocam Letrux, Matanza e Barão Vermelho.

Dentre as atrações principais, destaque também para a candanga Plebe Rude, que toca às 21h05 do segundo dia, fazendo um paralelo como uma das memórias mais marcantes de Gustavo Sá. “Em 1999, a Plebe participou da segunda edição, isso além de marcar a banda, marcou o festival”, finaliza.

Programação completa

29 de setembro

Palco 1:

16h: Ursa (DF)

17h: Clausem Vitrola Sound (DF)

18h20: Froid (DF)

19h55: Deb & The Mentals (SP)

21h30: O Tarot (DF)

23h05: Braza (RJ)

0h55: CPM 22 (SP)

Palco 2:

16h30: Matamoros (DF)

17h40: Drenna (RJ)

19h15: Monstros do Ula Ula (RJ)

20h35: Orquestra Brasileira de Música Jamaicana – OBMJ (SP)

22h10: Pavilhão 9 (SP)

00h15: Nuggetz (DF)

02h05: Nação Zumbi & Bnegão (PE/RJ)

Palco 3:

16h15: Desonra (DF)

16h55: Seconds of Noise (DF)

17h45: Deaf Kids (RJ)

18h35: Fallen Angel (DF)

19h25: La Raza (SP)

20h35: Cadibode (DF)

21h25: Project 46 (SP)

22h45: Agressivo Pau Pôdi (DF)

23h35: Gangrena Gasosa (RJ)

00h40: Deceivers (DF)

02h: Krisiun (RS)

30 de setembro

Palco 1:

16h: Ellefante (DF)

17h: Centropia (DF)

18h20: Lupa (DF)

19h55: Cordel do Fogo Encantado (PE)

22h15: Letrux (RJ)

00h30: Matanza (RJ)

Palco 2:

16h30: O Plantae (DF)

17h40: Molho Negro (PA)

19h: Francisco El Hombre (SP)

21h05: Plebe Rude (DF)

23h10: Barão Vermelho (DF)

Palco 3

16h15: Never Look Back (DF)

16h55: Damn Youth (CE)

17h45: P.U.S. (DF)

18h35: Bruto (DF)

19h25: Totem (DF)

20h15: Devotos (PE)

21h35: Device (DF)

22h25: Pense (MG)

23h25: DFC (DF)

00h25: Korzus (SP)

 

Porão do Rock 20 Anos
29 e 30 de setembro, sábado e domingo, a partir das 16h. No Estacionamento Estádio Nacional Mané Garrincha (Eixo Monumental). Ingressos: R$ 20 (meia-entrada para todos que doarem um 1 kg de alimento imperecível). Informações e programação completa em poraodorock.com.br. Não recomendado para menores de 16 anos.

 

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