O rapper MC Marechal, 41 anos, se apresentou no Festival CoMA no último sábado (6). Com músicas autorais e outros sucessos, o rapper fez um grande show e ainda distribuiu livros do projeto “Livrar”, que completou 10 anos em 2022.
“Para mim é sempre interessante voltar para BSB. Tenho muitos amigos aqui, e hoje a gente fez o show com um DJ que também é daqui (o DJ A), a galera do som é daqui. Me sinto um pouco em casa, sabe?!”, comentou Marechal, em entrevista ao Jornal de Brasília após o show.
Marechal é um dos grandes nomes da cultura hip hop nacional, iniciou sua carreira em 1998 e, de lá para cá, vem influenciando outros artistas com suas letras, rimas, produções e ações ativistas. “Eu sempre me dediquei muito. São vinte anos de apresentações, mesmo que não tenha muita música lançada, existe uma entrega de verdade. É algo que vai passando pelas gerações. Eu fico feliz, porque realmente tem uma diversidade”, contou.
Justamente no dia da sua apresentação, 6 de agosto, foi comemorado o Dia do Rap Nacional, data estabelecida por lei pela Assembleia Legislativa de São Paulo, em 2008. Tido no Brasil não só como um estilo de música, mas como um movimento da cultura periférica, o rap, para Marechal, vive sua melhor fase. “Existe uma liberdade incrível para você propor o que quiser, com uma possibilidade de retorno para continuar investindo. Então, é o melhor momento. Se a gente conseguir se estruturar da melhor forma, acho que [o rap] vai ser mais reconhecido”, explica.
Projeto “Livrar”, completou 10 anos, com mais de 10 mil livros distribuídos
Em 2022, o projeto “Livrar”, cujo nome vem das palavras livros + levar, completou 10 anos. De 2012 até então, são mais de 10 mil livros distribuídos pelo próprio Marechal, de mão em mão, nos shows pelo Brasil.
“Olha, eu não frequentei muito a escola. Meu incentivo à leitura foi a partir da música”, revela Marechal. O rapper deixa evidente a importância do projeto ao relembrar de alguns casos. “Muitas vezes, o primeiro livro que a pessoa leu na vida foi aquele que eu entreguei pra ela. Houve algumas histórias interessantes, em que pessoas que pegaram comigo o primeiro livro que leram na vida, me entregaram, três, quatro anos depois, livros lançados por elas mesmas.”