A morte da cantora Marília Mendonça foi noticiada pelo The New York Times, um dos mais importantes jornais dos Estados Unidos e do mundo.
Assinado por Vimal Patel e Flávia Milhorance, o obituário apresenta a cantora como uma das mais populares cantoras pop brasileiras, também conhecida como “The Queen of Suffering” -ou a rainha da sofrência, em português.
O texto apresenta o sertanejo como “um tipo de country brasileiro, muito popular no país”. “Sua legião de fãs encontrou poder nas letras de suas canções, que imploravam às mulheres que recusassem relacionamentos abusivos e contavam histórias de personagens imperfeitos”, escreveram sobre a cantora.
A matéria também marca a primeira vez que o veículo usou a palavra feminejo, em português mesmo, para explicar o gênero musical de Mendonça. O termo aparece na citação de um artigo de 2019 da NPR, a National Public Radio, também dos Estados Unidos, sobre a cantora que o jornal replica.
Segundo a NPR, “algumas pessoas em círculos mais cosmopolitas do Brasil desprezam a música de Mendonça, tida por eles como brega ou cafona”. Mas o veículo lembra que as canções de Mendonça “apresentam uma perspectiva feminina pouco ouvida na cultura machista do sertanejo, o que a transformou na principal voz de um subgênero chamado feminejo -música por e para mulheres”.