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Mario Frias foi deputado de esquerda e mulherengo em novela antes de se candidatar

Enquanto o Frias político de hoje ataca continuamente a imprensa em suas redes, seu personagem ansiava aparecer nos jornais e na TV a todo custo

FolhaPress

22/03/2022 17h06

Foto|Marcello Casal Jr|Agência Brasil

Mario Frias, atual secretário especial da Cultura que deixará o cargo para se candidatar a deputado federal nas eleições deste ano, já viveu Thomas Jefferson nas telinhas. Mas não foi o terceiro presidente dos Estados Unidos e principal autor da carta de independência do país, mas Thomas Jefferson Bezerra de Souza, na novela “Senhora do Destino” da Globo, exibida na faixa das oito da noite em 2004 e 2005.

Ainda assim, a relação com o político que estampou a extinta nota de dois dólares existe. O personagem de Frias foi batizado em homenagem a ele e acabou ele mesmo se tornando um engravatado de Brasília –jovem e mulherengo, radical de esquerda e corrupto.

Na trama, ele não se destacou tanto quanto Nazaré Tedesco, vivida por Renata Sorrah e até hoje estampada em memes, ou Giovanni Improtta, papel de José Wilker, e que ainda renderia um longa de comédia dez anos depois da novela, mas Jefferson tinha sua fatia na trama como um malandro sem sorte no amor.

Enquanto o Frias político de hoje ataca continuamente a imprensa em suas redes, seu personagem ansiava aparecer nos jornais e na TV a todo custo, ao mesmo tempo em que se divida entre Brasília e Rio de Janeiro, não mais com a pinta de surfista que o consagrou, mas indo para a periferia carioca armando maracutaias para ganhar votos.

Por outro lado, tudo nas suas tramas políticas degringolam graças a Maria Eduarda, personagem de Débora Falabella, que era sua musa e paixão nunca correspondida. Largado na “friend zone”, Duda só tinha olhos para o personagem de Marcello Antony, filho da protagonista Maria do Carmo –Susana Vieira. Ainda assim, a relação com o político vivido por Frias era incentivada pelos pais da garota, graças à sua posição na política.

Numa entrevista na época de divulgação da novela, Frias descrevia o personagem como um “eterno preterido”, que é “carente, super-sozinho, que quer achar alguém maneiro”.

Na história, ele ainda namora a filha de um bicheiro, que era lésbica, afinal, e uma passista que fica com dúvidas entre o romance e o samba. Eles se casam e vivem em Brasília, mas no final ele acaba ficando de olho na mulher de um ex-prefeito.

Curiosamente, o próprio Jornal Nacional, da Globo, deu especial destaque para essa participação de Frias em 2020, quando ele sucedeu Regina Duarte na secretaria especial da Cultura.

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