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Magalu compra site Jovem Nerd, sua 17ª aquisição em menos de 18 meses

Fundado em 2002 por Alexandre Ottoni e Deive Pazos, o Jovem Nerd produz conteúdo sobre cinema, séries, games, história e ciência e inclui programas como NerdCast, NerdOffice, NerdBunker, NerdPlayer e Nerdologia

Redação Jornal de Brasília

15/04/2021 13h39

Foto: Reuters

O Magazine Luiza anunciou ontem a aquisição do Jovem Nerd, maior plataforma multimídia voltada para o público nerd e geek do País. É mais um movimento na longa lista de aquisições do Magalu – agora são 17 desde o início do ano passado – e que se destaca de operações anteriores por ser exclusivamente voltado ao conteúdo. O valor do negócio não foi divulgado. O principal papel do Magazine Luiza fechou o pregão de ontem da B3, a Bolsa paulista, em queda de 0,36%, a R$ 22,12.

Fundado em 2002 por Alexandre Ottoni e Deive Pazos, o Jovem Nerd produz conteúdo sobre cinema, séries, games, história e ciência e inclui programas como NerdCast, NerdOffice, NerdBunker, NerdPlayer e Nerdologia. O Jovem Nerd tem participado, por exemplo, de eventos como a transmissão do Oscar, no canal pago TNT.

A máquina de compras de empresas do Magazine Luiza continua bastante acelerada em meio à pandemia. Somente em 2021, contando o Jovem Nerd, já foram seis aquisições. As demais foram: Steal the Look (tendências de moda e beleza), Vip Commerce (e-commerce para supermercados), Tô no Lucro (app de entregas forte em Estados como Tocantins e Goiás), Grand Chef (serviço de delivery) e Smart Hint (de recomendação de compra) – veja nesta página a lista completa dos negócios adquiridos em 2020 e 2021.

Pé no acelerador

É um movimento que já era bastante relevante no ano passado, quando a empresa fez um total de 11 aquisições, nos setores de varejo virtual (como o site de livros Estante Virtual), tecnologia em publicidade (InLoco Media) e finanças (Hub Fintech). Não muito antes, em uma briga acirrada com a Centauro, havia comprado a Netshoes.

Todas as aquisições ajudam na estratégia da companhia de se tornar um marketplace de vendas, com ofertas de uma variedade de produtos muito maior do que a linha de eletrodomésticos à qual a varejista era originalmente associada. A companhia busca ainda ser um “super app”, com soluções não só de comércio, mas também de serviços, tecnologia, mídia e finanças.

Segundo o vice-presidente de negócios do Magazine Luiza, Eduardo Galanternick, a estratégia com o Jovem Nerd é ampliar receitas com publicidade, além da possibilidade de lançar produtos exclusivos relacionados à marca, como livros.

“A estratégia é aumentar a audiência e trazer especialistas de conteúdos”, diz Galanternick, lembrando que o negócio não é o primeiro da varejista no ramo de conteúdo. A companhia já colocou para dentro de casa o CanalTech, que é voltado ao setor de tecnologia.

Diferentemente do que foi dito na aquisição no CanalTech, o uso de dados é menos importante no caso do Jovem Nerd. “A gente não coleta dados. Não temos login. Somos uma feira de conteúdo”, disse Deive Pazos, cofundador do Jovem Nerd, em entrevista coletiva. “Nesse caso específico, a aquisição é voltada para o potencial criativo da empresa”, diz Galanternick.

Os fundadores do Jovem Nerd ressaltam que há ainda a intenção de gerar conteúdos para os vendedores da plataforma do Magazine Luiza. Um exemplo seria a criação de um podcast voltado para esse público, explicando assuntos relacionados a tecnologias e ferramentas para concretizar negócios.

Alcance

Com mais de 5,5 milhões de inscritos em seus canais no YouTube, os programas do Jovem Nerd já superaram a marca de 1 bilhão de visualizações no serviço. Além disso, o site também está presente nas principais redes sociais, com mais de 1,3 milhão de seguidores no Instagram e cerca de 3 milhões no Twitter.

Em 2019, o NerdCast foi o primeiro podcast do Brasil e o terceiro do mundo a ultrapassar a marca de 1 bilhão de downloads de seus episódios.

O conteúdo produzido pelo Jovem Nerd, tanto em formato de áudio, vídeo, texto e jogos, continuará sendo disponibilizado através dos canais atuais e a liberdade editorial da criação será mantida, segundo comunicado do Magalu.

Adicionalmente, o conteúdo da plataforma será integrado ao aplicativo do Magazine Luiza, com o objetivo de ampliar o seu alcance e de aumentar o tempo de uso do app da marca de varejo pelos clientes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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